USDA confirma elevação de oferta
Relatório mensal elevou as projeções de oferta para a safra norte-americana, provocando uma continuidade de queda para os futuros de soja na CBOT. Para o milho, um ajuste negativo nos estoques finais do cereal resultou em um fechamento positivo para as cotações na Bolsa de Chicago
Milho 
A semana começa com o mercado estabilizado e pouca atividade entre agentes, mantendo a saca na praça paulista em R$59,00/sc. Oscilações no campo misto foram observadas para os futuros de milho nesta segunda-feira na B3, reagindo à valorização das cotações da commodity em Chicago e ao pequeno recuo do dólar frente ao real. O contrato para setembro/24 (CCMU24) variou +0,40% e fechou o pregão regular de 12/08 cotado a R$ 60,47/sc.
Os futuros de milho iniciaram a semana em território positivo na CBOT, após a atualização dos números de oferta e demanda agrícola do USDA. O órgão norte-americano trouxe um ajuste negativo para os estoques finais de milho nos EUA e no mundo em 2024/25, em comparação com o relatório de julho/24. Diante disso, o contrato de milho para setembro/24 (CU24) avançou 1,73%, encerrando a sessão diurna de segunda-feira cotado a US$ 3,83/bu.
Boi Gordo 
O mercado físico do boi gordo começou a semana demonstrando firmeza e alta nas cotações. Apesar de os frigoríficos manterem a pressão para a redução dos preços, o pecuarista se beneficia com o bom consumo no mercado interno e a boa toada das exportações. O destaque do dia vai para Rondônia, que apresentou um incremento de 0,58% no comparativo diário, com o boi gordo precificado aR$ 186,41/@. Na B3, o vencimento para set/24 registrou incremento de 0,13% no comparativo feito dia-a-dia, cotado a R$ 239,10/@, sendo o contrato com maior ajuste positivo no dia.
Nos primeiros sete dias úteis de ago/24, a exportação de carne bovina in natura começou a todo vapor, com o embarque de 71,37 mil toneladas, resultando em uma média diária de 10,20 mil toneladas, 41,27% superior ao valor observado no final de jul/24. O preço médio registrou um incremento de 0,23% no comparativo semanal, ficando cotado a US$ 4,42 mil/t. A receita total obtida até agora foi de US$ 315,59 milhões.
Soja 
O mercado físico da oleaginosa sente as perdas na CBOT e no dólar, com a referência Paranaguá/PR recuando para R$133,00/sc.
Diferentemente do milho, os futuros de soja registraram perdas superiores a 1% nesta segunda-feira em Chicago. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reportou uma grande elevação nas estimativas de oferta e de estoques finais de soja nos EUA e no mundo para a temporada 2024/25, em comparação com o boletim de julho/24, resultando na continuidade da queda das cotações da commodity na CBOT. O contrato futuro de soja para novembro/24 (ZSX24) desvalorizou 1,65% e finalizou a sessão regular de 12/08 cotado a US$ 9,86/bu.