➡ Balde de água fria?
Atualização do balanço de oferta e demanda agrícola do USDA para a safra nos EUA resulta em quedas para os futuros de soja milho em Chicago. No Brasil, a moeda norte-americana volta a recuar frente ao real, adicionando peso sobre os preços no Brasil.
Milho 🌽
Apesar do avanço da colheita da 2ª safra superando os 30% no Brasil, o menor volume de negócios faz com que o preço do cereal siga relativamente estável no mercado interno. Em Campinas/SP, a saca de milho permanece sendo comercializada na média de R$ 55,30. A desvalorização dos futuros em Chicago e do dólar americano, além do cenário de oferta no mercado doméstico brasileiro, refletiram em novas quedas para os futuros do cereal na bolsa brasileira. O contrato set/23 (CCMU23) fechou o pregão regular de quarta-feira (12) cotado em R$ 55,40/sc, queda diária de 1,56%.
Após o Departamento de Agricultura dos EUA divulgar os novos dados de oferta e demanda agrícola mundial, elevando a oferta de milho norte-americano em 23/24 para 389,15 milhões de t e ajustando positivamente os estoques finais no país, os futuros de milho voltaram a renovar os menores patamares do ano em Chicago. O vencimento set/23 (CU23) retrocedeu 3,69% e finalizou a sessão diurna de 12/07 cotado em US$ 4,76/bu.
Boi Gordo 🐂
O mercado físico do boi gordo sofreu com mais um dia de pressão negativa, sendo o estado de Goiás o que registrou a maior queda no comparativo diário, recuando 1,9% e atingindo os R$ 226/@. Em resumo, há oferta e a demanda (principalmente interna) ainda é derrapante. Em São Paulo, o preço médio ficou em R$ 247,50/@. Na B3, o contrato com vencimento para jul/23 encerrou o dia cotado à R$ 249,00/@, com variação diária de -0,52%.
No mercado internacional da carne bovina novidades interessantes vieram do outro lado do mundo. Houve relatos de maior sustentação para o preço da carne bovina no atacado chinês e com isso os importadores estão aceitando pagar maiores valores pelo dianteiro bovino. Além de traders brasileiros relatando melhora de preços, argentinos e uruguaios apontaram para esse cenário de valorização. Ainda é cedo para cravar uma virada de cenário, mas o segundo semestre costuma ter vendas mais volumosas.
Soja 📊
No mercado físico de Paranaguá/PR, a oleaginosa recuou e voltou a ser negociada na média de R$ 143,50/sc, orientada pela movimento de baixa tanto dos preços em Chicago quanto da taxa de câmbio.
Quedas ao redor de 2% foram contabilizadas para os futuros do grão de soja na última quarta-feira em Chicago. Apesar do USDA reportar o ajuste negativo de área e de produção nos EUA para a safra 23/24, o órgão reduziu o programa de exportação da commodity no país e manteve a produtividade em 52 bu/acre para a nova safra, equivalente a 58,28 sacas/ha. O contrato ago/23 (ZSQ23) desvalorizou 1,85% e terminou a sessão regular de 4ª feira cotado em US$ 14,44/bu.
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