Milho
Após mais de 40 dias, o contrato do milho com vencimento para maio voltou a ser negociado acima dos R$ 50,00/sc, a proximidade do encerramento do contrato em conjunto com um mercado físico demonstrando sustentação neste patamar, tem dado suporte aos negócios, no mês a alta observada para o vencimento maio já chega a 6,19%.
A divulgação do relatório de oferta e demanda trouxe números de estoques finais um pouco abaixo do esperado pelo mercado o que deu sustentação para as cotações do milho na CBOT, o contrato com vencimento para maio/20 registrou alta de 1,65% no comparativo diário. Apesar do número um pouco menor que o esperado, os estoques finais nos EUA na safra 20/21 devem crescer 58,7% e ser o maior desde a safra 87/88. Ou seja, o milho norte-americano deve entrar a partir de setembro muito competitivo no mercado mundial de exportação.
Boi gordo
O mercado já começa a mostrar lentidão nas negociações, devido à proximidade da segunda quinzena do mês e agravado pelo consumo interno enfraquecido. As medidas de isolamento social foram prolongadas em São Paulo, com isso, não há perspectivas de melhoras na demanda interna no curtíssimo prazo.
Neste cenário, as compras de matéria-prima são essencialmente para reposição dos estoques e equilíbrio das escalas de abate. Entretanto, indústrias que atendem o mercado externo continuam na ativa, com um ágio que pode varia de R$ 5 a 10/@ para animais que atendam os padrões exportação.
Na B3, o dia foi de reajustes positivos para os contratos futuros de boi gordo. O maio encerrou a quarta-feira (12/mai) R$ 198,15/@ (+0,46%) e o outubro R$ 198,30/@ (+2,16%).
Soja
No mercado brasileiro de soja, o protagonista continua sendo o dólar, que voltou a renovar mais uma máxima chegando aos R$ 5,89 e assim dando sustentação para que a oleaginosa brasileira ganhasse ainda mais competitividade no mercado. Enquanto tivermos instabilidade política e econômica o caminho do dólar será renovando máximas.
Nos EUA, o relatório de oferta e demanda veio com estoques finais para a safra 19/20 nos EUA levemente acima do esperado pelo mercado, o total estimado foi de 15,79 milhões de toneladas, quando o mercado esperava algo em torno de 13,64 milhões de toneladas.
O menor volume exportado é uma das justificativas para esse aumento, já que o USDA projeta um volume de 45,59 milhões de toneladas exportadas na safra 19/20, contra 48,31 milhões da última estimativa, quem tem tomado esse mercado é o Brasil, que teve sua estimativa de exportação acrescida em 6,5%, chegando a 84 milhões de toneladas exportadas nesta safra.