Milho
No início desta tarde, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgará seu novo relatório mensal de oferta e demanda.
O mercado estará atento para possíveis ajustes de produção com o milho norte-americano, após um início de temporada marcado por desafios climáticos, mas com preservação de estimativas positivas aos rendimentos das lavouras.
Neste sentido, o mercado segue dividido entre aqueles que acreditam em cortes expressivos para a produção (com reduções que podem chegar a 10 milhões de toneladas), e quem não espera grandes alterações dos números neste boletim (o relatório de ago/19 trouxe produção de 353,09 milhões de toneladas).
Além disso, as dúvidas em relação aos novos números do USDA mantêm o mercado ainda mais travado, com poucas negociações no mercado físico, reforçado por novas negociações desaquecidas para exportação.
Em Campo Verde/MT, reportou-se venda de milho para o mercado interno, as negociações ficaram ao redor de R$ 25,50/sc (FOB) para retirada e pagamento imediatos.
Boi gordo
Nesta quarta-feira (11/set), a arroba do boi gordo permaneceu firme nas principais praças pecuárias.
De modo geral, as escalas de abate permanecem dentro da média anual, com os frigoríficos de maior capacidade mostrando mais conforto em suas programações.
Cenário diferente para os frigoríficos menores, onde a oferta mais escassa de animais afeta diretamente suas programações de abate, aumentando a disputa por animais prontos.
O atacado também conta com novas altas, o avanço de 1,48% desde o início do mês eleva a média da carcaça casada bovina para R$ 10,51/kg.
Tereza Cristina, ministra da Agricultura, embarcou ontem (11/set) para o Oriente Médio, com a expectativa de fortalecer as relações comerciais e abrir novos mercado para produtos agropecuários com o Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos.
Ontem (11/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 157,90/@, queda de 0,13% no comparativo diário.
Na B3, o contrato para outubro/19 fechou em R$ 161,90/@ – alta de 0,35 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19 fechou em R$ 164,45/@, alta de R$ 0,30 ante o fechamento anterior.
Soja
Em Chicago, a soja opera em campo positivo na primeira hora do dia (12/set), subindo ao redor de 8,5 cents/bushel e recuperando os preços observados há 30 dias.
Os reajustes positivos acontecem pelo anúncio feito na véspera (11) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, adiando a elevação das tarifas de 25% para 30% sobre os US$ 250 bilhões em produtos da China.
Anteriormente, a China já havia retirado as taxações de 16 produtos norte-americanos, amenizando o impacto negativo da disputa comercial sobre a sua economia.
Além dos gestos positivos em relação a retórica comercial, os futuros em Chicago também reagem as expectativas para o relatório de oferta e demanda do USDA, a ser divulgado no início desta tarde pelo USDA.
Neste sentido, o mercado acredita em novos ajustes negativos para a produção da soja norte-americana, o que pode colocar a projeção ao redor de 98 milhões de toneladas (o último relatório trouxe projeções em 100,16 milhões de toneladas).