Milho

Esta foi uma semana de divulgação de novos relatórios, dando luz as perspectivas dos órgãos oficiais sobre a evolução da safra.

Neste sentido, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgou o 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira, com reajustes positivos para as estimativas de produção de milho.

A CONAB espera colheita de 94 milhões de toneladas (ante 92,8 do relatório anterior e de 80 milhões de toneladas da safra 2017/18). Além disso, a companhia estima que apenas a safrinha será responsável por 68,14 milhões de toneladas (no boletim de março o cálculo ficava em 66,60 e na safra 2017/18 a colheita ficou em 53,90 milhões de toneladas).

Sobre as exportações, a projeção fica em 31 milhões de toneladas. E ainda, a Companhia enxerga dificuldades em enviar volumes acima desta estimativa, já que os prêmios para embarques futuro estão baixos e sem força para fortalecimento, o que pressiona negativamente o valor da paridade e pode desestimular negociações de grandes lotes.

Entretanto, a participação do Brasil no mercado internacional inicia-se aquecido, com registro de 22,40 milhões de toneladas de milho já negociados, sendo que boa parte dessa matéria-prima deve ter como destino o mercado externo.

Outro ponto positivo, é que o valor médio negociado das exportações neste 1º trimestre ficaram 12% acima do praticado no mesmo período do ano passado. Com média em US$ 182,40/ton.

Boi gordo

Reação do consumo interno possibilita avanços da carne no atacado. No mercado físico, arroba segue firme, mas escalas avançam.

As escalas de abate avançaram ao longo dessa semana e podem tirar o fôlego altista das cotações da arroba.

As programações de abate, na média dos estados levantados pela Agrifatto, avançaram 55% nesta semana e estão em 6,1 dias. Em São Paulo e Goiás, atendem a 7,8 e 7,6 dias, respectivamente.

A queda sazonal do consumo de carne bovina na segunda metade do mês pode reduzir o apetite dos frigoríficos em originar animais. E um aumento da oferta de animais terminados pode pressionar as cotações.

Ontem (11/abr), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 158,80/@, sem variação no comparativo diário.

No mercado futuro, o vencimento abril recuou 0,16% e fechou a R$ 156,75/@. Já os contratos para maio e outubro encerraram o dia a R$ 154,65/@ (+0,10%) e R$ 159,40/@ (+0,54%).

O spread (diferença de preços entre a carne bovina no atacado e a arroba do boi gordo), que há uma semana trabalhava em -2,47%, agora está em -0,11%.

Soja

Em relação a soja, as correções da Conab foram menores, e o boletim deste mês calcula produção em 113,82 milhões de toneladas, alta de 0,32% frente ao cálculo do relatório anterior (em 113,46 milhões de toneladas).

Os próximos boletins ainda podem trazer novos reajustes para a produção de soja desta temporada, mas o mercado está fortemente inclinado em colheita ao redor de 114 milhões de toneladas, proporção bastante próxima ao já estimado pela Conab.

E como esperado, as exportações deverão cair, calculadas neste boletim em 70 milhões de toneladas – queda de 16,3% ante as 83,6 milhões enviadas na temporada anterior. Afinal, além do país contar com uma safra menor nesta safra, o início da guerra comercial e a quebra na Argentina colocou o Brasil no centro das exportações com o grão.

Por fim, o boletim também comenta sobre a participação do câmbio, sustentando os valores domésticos, já que as cotações futuras na CBOT e os prêmios nos portos brasileiros caíram nas comparações mensais.

A média do contrato futuro para maio caiu de US$ 9,24 para US$ 9,01/bushel entre fevereiro e março. No mesmo período, os prêmios em Paranaguá caíram de US$ 0,52 para US$ 0,40/bu.

Cotações parciais

Boi gordo
Abr/19: 156,80 / 0,00
Mai/19: 155,15 / 0,65
Jun/19: 154,10 / 0,00
Jul/19: 155,00 / 0,00
Out/19: 159,10 / 0,00

Milho
Mai/19: 35,25 / -0,02
Jul/19: 33,26 / -0,09
Set/19: 33,59 / -0,13
Nov/19: 36,00 / -0,05

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 19,73 / 0,00
Jul/19: 20,07 / 0,00
Ago/19: 20,16 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 895,25 / 0,00
Jul/19: 908,75 / 0,00
Ago/19: 914,75 / 0,25
Set/19: 918,75 / -0,25

Dólar comercial: 3,87

Dólar Futuro
Mai/19: 3874,50 / 12,50
Jun/19: 3888,00 / 18,00
Jul/19: 3892,00 / 11,49