E o milho não para de subir…
Mesmo em dia com dólar tímido, cotações do cereal avançam no mercado físico e futuro, sustentadas pela pouca disponibilidade de milho para negócio.
Milho
Até onde vai o preço do milho no Brasil? Essa é a principal questão que tem circundado o mercado do cereal brasileiro. Já que, mesmo em um dia que o dólar recuou mais de 1%, a cotação do milho no mercado físico paulista se valorizou e se aproxima dos R$ 54,00/sc. Estamos diante de um “entesouramento de milho”. Na B3, o dia também foi marcado por altas, com o vencimento setembro/20 finalizando o dia em R$ 55,32/sc.
Em Chicago, a expectativa é sobre os números que o USDA divulgará mais tarde no seu relatório de Oferta e Demanda, e, com o clima se mostrando benéfico a safra, há chances de que o departamento já incline para um aumento na produção de milho e soja dos EUA. Com essa expectativa para hoje, a terça-feira foi calma na CBOT, o contrato para vencimento em setembro/20 variou 0,32%, ficando cotado à US$ 3,12/bu.
Boi gordo
Início de semana tipicamente lento no mercado spot de boi gordo. Poucas negociações sendo realizadas e, aquelas que são fechadas, observa-se pequenos reajustes positivos nos preços. Neste cenário, em algumas praças houveram avanços sutis nas cotações. A tendência segue de pressão altista, ocasionada pela baixa oferta de animais. Em São Paulo, a arroba orbita a faixa dos R$220-225 para o boi comum, destinado ao mercado interno, e R$ 225-230/@ para animais que atendem ao padrão de exportação.
No âmbito do mercado atacadista, o volume existe foi negociado com facilidade nos dias anteriores, apesar disso não houve força suficiente para avanços nas indicações, que seguem balizadas na faixa dos R$ 14,80/kg para a carcaça casada bovina.
Soja
Com a demanda interna em foco, a soja brasileira continuou com seus preços sustentados mesmo em um dia de desvalorização do dólar. Ainda há disputa dos compradores, não à toa o prêmio pago nos portos evoluiu mais 1,5% nesta terça-feira, atingindo US$ 1,95/bu. Com isso, negociações de soja acima dos R$ 124,00/sc, se tornam padrões.
Assim como no caso do milho, a apreensão na CBOT segue para sobre o relatório de Oferta e Demanda que será divulgado pelo USDA. O receio sobre os números que serão apresentados é tão grande, que mesmo com a nova venda de soja anunciada pelo governo dos EUA para a China, a cotação da oleaginosa avançou apenas 0,06% no vencimento para setembro/20, estabelecendo-se em US$ 8,70/bu.
Agrifatto