Grãos sobem aqui, mas caem lá fora
Atrasos na colheita e plantio obriga o comprador a elevar os preços domésticos enquanto os contratos futuros recuaram após a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do USDA.
Milho
Em Campinas/SP, o milho segue alcançando novos patamares, encerrando o dia 11/02 com valorização de 0,91%, com a saca cotada a R$ 77,96. Após uma sequência de avanços, os futuros de milho acompanharam a queda das cotações da commodity em Chicago e o recuo do câmbio no Brasil, registrando perdas na última terça-feira na B3. O contrato março/25 (CCMH25) encerrou o pregão regular de 11/02 a R$ 78,30, uma baixa diária de 1,07%.
Quedas superiores a 1% foram registradas para os futuros de milho nesta terça-feira em Chicago, após o USDA manter inalterados, no relatório WASDE de 11/02, tanto os estoques finais quanto o programa de exportação de milho dos EUA na temporada 2024/25. Além disso, foram observadas reduções tímidas na oferta do cereal no Brasil e na Argentina. O contrato março/25 (CH25) retrocedeu 1,53%, fechando a sessão diurna de 11/02 a US$ 4,84/bu.
Boi gordo
Os preços do boi gordo seguem pressionados, com a média nacional do animal registrando queda de 0,49% e fechando o dia a R$ 302,65/@. Goiás registrou a maior desvalorização, com recuo de 1,19% e o animal negociado em média a R$ 303,87/@. Na B3, todos os contratos encerraram o dia no “vermelho”. O contrato para jun/25 apresentou a maior queda, com desvalorização de 1,67% e fechou o dia a R$ 311,25/@. A sobre oferta de fêmeas que chega as indústrias em conjunto com a dificuldade no escoamento de carne tem feito com que as indústrias pressionem os pecuaristas nesse momento.
O IBGE divulgou nesta terça-feira (11/02/2025) os primeiros resultados da Pesquisa Trimestral do Abate (PTA) de animais no 4º trimestre de 2024, e adicionando os dados do restante do ano, o instituto apontou que o Brasil abateu 39,18 milhões de bovinos em 2024, um aumento de 14,89% em relação a 2023, estabelecendo um recorde histórico. Além disso, a junção com as demais proteínas levou a maior produção de proteína animal no Brasil no último ano, com mais de 29 milhões de toneladas produzidas em 2024. Para mais detalhes, acesse nossa plataforma.
Soja
Apesar da desvalorização dos contratos no mercado internacional e da queda do dólar frente ao real, a soja voltou a subir em Paranaguá/PR, sendo cotada a R$ 132,63 por saca, uma alta de 1,19%.
Os futuros da soja em grão voltaram a recuar durante a última terça-feira na CBOT. Apesar do corte de produção registrado para a Argentina e Paraguai na temporada 2024/25 no relatório WASDE de fevereiro/25, o USDA não trouxe alterações no quadro de oferta e demanda dos EUA. O contrato março/25 (ZSH25) recuou 0,57%, terminando a sessão regular de 11/02 a US$ 10,44/bu.