Escalando o poço
Em mais um dia de firmeza, preços do boi gordo se valorizam em todo o país
Boi Gordo
O mercado físico do boi gordo continuou a demonstrar apetite para ajustes positivos. Os frigoríficos estão tentando esfriar a pressão positiva negociando apenas o suficiente para sustentar as escalas de abate em oito dias, do outro lado do balcão o pecuarista libera menos animais e o mercado permanece pra cima. Em Minas Gerais, o bovino para abate encerrou esta quarta-feira (20/9) cotado a R$206,30/@, ajuste positivo de 2,1% no comparativo diário. Na B3, os futuros tiveram movimentações negativas para todos os contratos deste ano, e o vencimento para out/23 teve recuo de 1,56%, na comparação diária, precificado a R$ 233,70/@.
No mercado de carne com osso, as negociações estão “semiparalisadas”, de um lado os frigoríficos pressionam por aumentos mínimos de todos os produtos com osso, do outro lado do balcão os distribuidores permanecem em cima do muro e esperam que o tempo corra em desfavor dos vendedores. Mesmo com o “cabo de guerra” a tendência aponta para preços com boa sustentação e não se descarta ajustes positivos. Para a carcaça casada do macho castrado já é possível ver um ajuste positivo de R$0,30/kg, ficando precificada a R$14,80/kg.
Milho
O milho continua de lado no mercado brasileiro, a demanda externa ajuda a sustentar os preços nesse momento em que a oferta se eleva pelo país, com isso, o cereal é comercializado a R$ 54,00/sc em Campinas/SP. Na B3, tímidos movimentos de alta marcaram os futuros de milho durante a última quarta-feira, reagindo ao avanço das cotações em Chicago e também do dólar futuro na bolsa brasileira. O vencimento nov/23 (CCMX23) oscilou +0,21% e encerrou o pregão regular de 20/09 cotado em R$ 57,15/sc.
Em Chicago, os futuros de milho registraram o segundo dia consecutivo de alta nesta quarta-feira, diante das condições de clima nos EUA que refletem sobre o nível do Rio Mississippi e com os agentes monitorando a demanda pela commodity norte-americana. Valorizando 1,26%, o contrato dez/23 (CZ23) finalizou a sessão diurna de 4ª feira (20) cotado em US$ 4,82/bu.
Soja
Os preços da soja seguem passando por reajustes negativos no mercado doméstico e a oleaginosa é comercializada a R$ 143,00/sc em Paranaguá/PR.
Apoiando-se na movimentação de alta do farelo, além da expectativa (posteriormente confirmada) do Fed manter a taxa de juros norte- americana em 5,5%, os futuros do grão de soja apresentaram pequenos ganhos durante a última quarta-feira na CBOT. O vencimento nov/23 (ZSX23) variou +0,34% e acabou precificado em US$ 13,20/bu.