Milho
O preço do milho inicia a semana com sustentação. O último indicador do CEPEA subiu 0,81% com fechamento em R$ 35,98/sc, o maior valor em quase 30 dias.
Na esteira, as cotações futuras também seguem com valorizações. O contrato para janeiro acumula alta de 4,60% desde o início de novembro, com última parcial em R$ 38,84/sc – o maior valor desde o início de outubro.
Entretanto, movimentações técnicas com novos ajustes para baixo podem acontecer nos próximos dias, imprimindo novo equilíbrio para as cotações.
E ainda, com o mercado internacional como destino, as negociações ganharam fôlego no MT ao longo da última semana. Mas com os estoques das tradings abastecidos, o ritmo de comercialização pode esfriar, e limitar revisões expressivas para os preços.
Por fim, os dados de exportação do início de novembro deverão ser anunciados hoje, a expectativa é que venha em linha com o embarcado no mês anterior.
Boi gordo
Os avanços dos preços no atacado não refletem em reajustes no mercado físico do boi. No mercado futuro, a arroba recuou na última semana.
A menor oferta de animais para abate não está sendo suficiente para permitir avanços das cotações. As indústrias seguem receosas quanto a demanda de carne ao longo deste mês, evitando a compra de animais acima das indicações atuais.
As escalas se alongaram na última semana e, pela média dos estados levantados pela Agrifatto, passaram de 6 para 9 dias úteis. Em SP, as programações que atendiam a 7,5 dias há uma semana, encerraram a sexta atendendo a 12 dias úteis.
Nessa perspectiva, as indicações de possíveis avanços nesta semana perdem um pouco de força. Nas praças que a indústria conseguir originar animais com facilidade, os preços devem sofrer variações negativas.
Segundo dados do Cepea, na última semana o preço da carne no atacado (carcaça casada) avançou 1,3%, fechando em R$ 10,20/kg. Na contramão, o preço da arroba caiu 0,44%, fechando a sexta-feira (09/nov) a R$ 145,45/@.
No mercado futuro da B3, os contratos com vencimento em novembro continuaram em R$ 146,30/@. Os vencimentos dezembro e janeiro caíram para R$ 148,25/@ (-0,47%) e R$ 149,55/@ (-0,13%), respectivamente.
Soja
O novo relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ampliou os estoques com a soja norte-americana.
Após safras recordes, e com a China ausente das importações desde mar/18, a disponibilidade do grão subiu naquele país, mantendo as cotações pressionadas para baixo.
No Brasil, as cotações da oleaginosa também perderam força. Além dos preços baixos em Chicago, a combinação entre o dólar mais fraco e os prêmios menores nos portos foram importantes condutores.
Os prêmios nos portos caíram nos últimos 30 dias, e os embarques para mar/19 registram queda mais expressiva – recuo de 47% no período – passando de US$ 1,30 para US$ 0,80/bushel.
O encontro do G20 que acontece na passagem de novembro para dezembro na Argentina, e pode permitir avanços da negociação entre os dois países, e a expectativa da China retornar as compras altera a dinâmica das cotações.
Por fim, as médias dos preços estão menores pelo interior do país. Paranaguá recuou 0,60% nos últimos 7 dias, com parcial em R$ 85,30/sc. Já no Triângulo Mineiro, queda de 2,45% e referência em R$ 78,00/sc.
Cotações parciais
Boi gordo
Nov/18: 146,50 / 0,20
Dez/18: 148,85 / 0,65
Jan/19: 150,00 / 0,45
Fev/19: 149,35 / 0,00
Milho
Nov/18: 36,60 / 0,10
Jan/19: 38,80 / 0,10
Mar/19: 38,50 / 0,05
Mai/19: 36,62 / 0,12
Soja – B3
Nov/18: 21,60
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 19,55 / 0,00
Jan/19: 19,59 / 0,00
Mar/19: 19,95 / 0,00
Mai/19: 20,24 / 0,00
Soja – CBOT
Set/18: 872,00 / -3,25
Nov/18: 883,50 / -3,25
Jan/19: 896,75 / -3,50
Mai/19: 909,50 / -3,75
Dólar comercial: 3,75
Dólar Futuro
Nov/18: 3756,00 / 18,00
Dez/18: 3746,00 / 0,00
Jan/19: 3779,94 / 0,00
Fev/19: 3787,21 / 0,00
Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.
Bons negócios!