Milho
Os contratos futuros do milho subiram ontem (10/set), com o vencimento para nov/19 avançando 1,5% ao longo do pregão, com fechamento em R$ 38,68/sc – maior patamar desde 09 de agosto deste ano.
O contrato para set/19, que será liquidado ao final desta semana, também contou com avanços expressivos, alta de 1,03% no pregão, e fechamento em R$ 37,07/sc.
As valorizações na B3 foram puxadas pelas altas em Chicago, respondendo positivamente ao último relatório de acompanhamento das lavouras do USDA, que diminuiu em 3 p.p. as áreas em boas e excelentes condições.
As lavouras com milho em boas/excelentes condições somavam 58% das áreas no relatório da semana anterior, mas registram-se em 55% no boletim atual.
Além disso, o dólar ontem (10) chegou a ser negociado na máxima por R$ 4,129, colaborando para o movimento altista em bolsa. Entretanto, o dólar devolveu os ganhos e fechou em R$ 4,08.
Boi gordo
Nesta semana, as escalas de abate se alongaram pontualmente, porém, preservam-se entre 5 e 7 dias úteis na maioria das praças.
De maneira geral, a oferta segue regulada, e plantas frigoríficas têm posicionamento de cautela para evitar o acúmulo de estoques, especialmente aquelas voltadas em atender o mercado doméstico.
O governo chinês vem aplicando diversas medidas para minimizar os efeitos da peste suína africana sobre os preços, entretanto, os valores avançaram 46,7% em agosto frente o mesmo mês do ano passado.
Ontem (10/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 158,10/@, alta de 1,48% no comparativo diário, além disso, o Centro de Estudos apontou negociação com valor máximo em 164,06/@.
Na B3, o contrato para outubro/19 fechou a R$ 161,55/@ – queda de 0,1 ponto ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19 fechou a R$ 164,15/@, maior valor desde 25 de junho/19.
Soja
As negociações nos portos brasileiros estão mais calmas nesta semana, com relato de menor participação chinesa nas negociações.
Estima-se que a China deve precisar preencher necessidade de soja para o próximo mês, mas que ainda pode aguardar por novas informações acerca da disputa comercial antes de fechar novas compras nesta semana.
Além da menor participação asiática nos portos, o mercado também aguarda pelo novo boletim mensal de oferta e demanda a ser divulgado amanhã (12/set) pelo Departamento de Agricultura dos EUA – USDA.
O mercado acredita que a estimativa de produção de soja nos EUA pode passar por nova revisão, com ligeira redução para algo em torno de 98 milhões de toneladas (o último relatório apontou produção de 100,16 milhões de tons).
E ainda, novas altas também foram registradas para a soja em Chicago ontem (10), com o contrato para nov/19 avançando 1,69% e com fechamento em R$ 8,72/bushel.
As altas reajustaram as indicações para a soja em algumas praças brasileiras, mas não foram suficientes para estimular amplas negociações. Em Paranaguá, o balcão fica ao redor de R$ 86,00/sc – FOB (CEPEA).