Milho

No dia de ontem (10), a saca de milho de 60 quilos, de acordo com o indicador Esalq/B3, fechou cotada em R$ 37,41 (-0,61%). Em dólar, o preço ficou em US$ 9,97/saca (+0,30%).

Os futuros de milho na Bolsa de Chicago (CBOT) avançaram na quarta-feira (10), e o vencimento dezembro avançou 2,25 cents (0,51%) para US$ 4,3950/bushel.

O mercado no Mato Grosso, maior produtor do cereal, se mantém calmo, sem grandes movimentos desde que as cotações recuaram na CBOT. No estado, cerca de 77% da safrinha de milho 2019 já foi comercializada, retirando pressão da ponta vendedora.

De acordo com o relatório da CONAB divulgado há pouco, a produção total do cereal nesta temporada deve atingir 98,5 milhões de toneladas, alta de 1,5% ante o relatório anterior. A produtividade também deverá crescer, para 5,709 Kg/ha, avanço de 2% ante o previsto no último relatório.

Players do mercado seguem atentos para o relatório de oferta e demanda que será liberado hoje (11) pelo USDA. O mercado estima uma área plantada de 343,18 milhões, sob uma produtividade de 10,35 toneladas/ha, números inferiores ao último relatório divulgado pelo órgão americano.

Boi gordo

As piores condições das pastagens dão tranquilidade para as indústrias na aquisição de animais terminados.

O frio intenso dos últimos dias, queimando as pastagens em importantes praças pecuárias, aumentou a oferta de animais e gera tranquilidade para os frigoríficos na aquisição de matéria-prima.

As programações de abate em São Paulo se aproximam da última semana de julho, e indústrias devem reduzir o ritmo de compra de animais, testando indicações abaixo das praticadas atualmente. Esse cenário pode (e deve) se repetir em outras praças no curtíssimo prazo.

Entretanto, a medida que a oferta de animais da safra de capim está arrefecendo, os primeiros animais do 1º giro do confinamento começam a aparecer, mas a oferta de animais de cocho não deve ser suficiente para impedir uma trajetória altista no médio prazo.

Ontem (10/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 152,30/@, queda de 0,65% ante o fechamento anterior.

No mercado futuro da B3, os contratos do boi gordo avançaram. O vencimento julho/19 avançou 0,32% e fechou em R$ 155,40/@, precificando uma alta de R$ 3,10/@ até o final deste mês.

Já o vencimento para outubro/19 subiu 0,31% e fechou em R$ 162,45/@. Nesta manhã, o último negócio deste contrato foi em R$ 161,55/@.

Soja

Nesta quarta-feira (10), os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago fecharam em alta, e o vencimento novembro valorizou 8,50 cents para US$ 9,1275/bushel.

O dólar à vista repete mais uma vez o movimento que vem sendo visto no mercado e fechou ontem novamente em baixa (-0,77%) ante ao real, cotado em R$ 3,7568, atingido o menor nível desde 28 de fevereiro.

O cenário favorável à aprovação da Reforma da Previdência deve manter o câmbio em patamares menores que os praticados nas últimas semanas. Ontem (10), quando votada em 1º turno da Câmara, a Reforma foi aprovada com 379 votos favoráveis (eram necessários 308).

De acordo com o indicador Esalq/B3, em Paranaguá o mercado fechou em R$78,72/sc, sob uma variação positiva de 0,79%. Em dólar, a saca ficou em US$ 19,69 (+1,39%).

Nesta manhã (11), a CONAB divulgou relatório da safra 2018/19, aumentando em 0,2% a projeção de produção, para 115,02 milhões de toneladas. A área plantada com o grão também sofreu aumento, mas de 0,1%, para 35,87 milhões de hectares.

Ainda hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará o relatório mensal de oferta e demanda. O mercado estima um corte de 7,2% na estimativa de produção nos EUA e uma e uma redução de 6,34 milhões de toneladas no estoque de soja norte americano.