Milho
O relatório de acompanhamento de plantio nos EUA trouxe avanços para os trabalhos em campo na última semana.
O plantio do milho avançou 16 p.p. para 83% da área estimada (na semana anterior estava em 67%). Neste mesmo período do ano passado, e na média das últimas 5 safras, o país norte-americano já tinha semeado 99% da área projetada.
Além disso, o USDA também trouxe informações sobre as condições das lavouras, onde 59% estão em boas ou excelentes condições, 32% em condição regular e 9% estão em condições ruins ou muito ruins.
Os preços futuros mostram ajustes negativos nesta manhã, caindo 5,00 cents/bushel em Chicago, e queda de R$ 0,45/saca na B3.
Os contratos do milho na B3 perdem importantes suportes, e já começam a precificar a safrinha cheia. No balcão, a falta de liquidez ainda impede ajustes mais expressivos, com variações de preços bastantes regionalizadas.
O último indicador do CEPEA caiu 1,29% para R$ 36,71/sc (queda de 4,8% na comparação mensal).
Boi gordo
Sem reação das indicações de compra, frigoríficos encontram dificuldade na aquisição de matéria-prima, encurtando as escalas de abates.
As indústrias aproveitaram as escalas mais longas e a suspensão das exportações para a China para testarem indicações de compra, pressionando a arroba do boi gordo.
Entretanto, a estratégia não parece surtir efeito, posto que pecuaristas evitam entregar animais nas indicações atuais. Assim, os preços podem reagir no curto prazo.
As escalas de abate, que trabalharam acima de 7,5 dias em maio/19, agora atendem a 5,3 dias, na média dos estados levantados pela Agrifatto.
Ontem (10/jun), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 146,10/@, alta de 0,86% ante o fechamento anterior.
No mercado futuro da B3, após registrarem fortes avanços nos últimos pregões, os contratos passaram por um ajuste na véspera. O vencimento para junho/19 recuou 0,30% e fechou em R$ 150,10/@. Já o contrato para outubro/19 encerrou o dia em R$ 161,25/@ (-0,06%).
No atacado, pouca reação no consumo interno e o ambiente conturbado no mercado físico do boi gordo limitaram a alta, com a carcaça casada bovina cotada em R$ 10,36/kg, alta de 0,39% no comparativo semanal.
Soja
O plantio da soja contou com avanço ainda mais expressivo, e se o mercado esperava algo ao redor de 55%, o USDA trouxe 60% das áreas já semeadas – na semana passada estava em 39%.
Neste mesmo período do ano passado, 92% das áreas já tinham sido plantadas, e a média das últimas 5 temporadas registra-se em 88%.
Ou seja, o plantio continua atrasado na comparação com períodos similares, mas houve avanço significativo dos trabalhos com a soja na última semana. Entretanto, ainda não se sabe qual será o impacto do clima sobre as lavouras, e a indefinição sobre a produção norte-americana continuará gerando volatilidade as cotações.
Aliás, o USDA divulgará hoje (11) o seu novo boletim de oferta e demanda, o Departamento deve ser conservador, mas a expectativa fica para projeções menores para a área e para a produção.
O avanço do plantio nos EUA, e a expectativa pelo novo boletim do USDA, ajustam as cotações futuras, com a soja caindo 3,50 cents/bushel em Chicago nesta manhã (11).
Mas no mercado doméstico, algumas praças mostraram alta para as indicações, refletindo os prêmios sustentados nos portos brasileiros, e valorizações do dólar. A soja em Rondonópolis subiu 2,1% para R$ 67,70/sc.
No Triângulo Mineiro, alta de 0,95% para R$ 72,27/sc, e em Rio Verde/GO, avanço de 0,4% para R$ 69,94/sc.