Milho
Gradualmente, as cotações do milho registram acomodações no balcão, pressionados pela demanda mais fria e com a perspectiva de oferta ampla e antecipada nesta temporada.
Além disso, a queda para o câmbio ontem (10.abr) também colaborou para pressionar negativamente as pedidas pelo insumo. O dólar caiu quase 1%, passando de R$ 3,85 para R$ 3,81, mas parte das perdas já são recuperadas nesta manhã, subindo a R$ 3,84.
O indicador do CEPEA e as referências nos portos caíram rápido, aliviando as cotações também pelo interior do país. A última referência do CEPEA ficou em R$ 37,01/sc, queda semanal de R$ 4,12%.
Em Paranaguá, última parcial em torno de R$ 36,00/sc – queda de 2,80%.
Já os preços futuros continuam em movimentação técnica, com os vencimentos respeitando os limites gráficos na última semana. O vencimento para maio resiste em superar a barreira em R$ 36,00 e tem última parcial em R$ 35,90/sc.
Por outro lado, o contrato para setembro resiste em cair abaixo de R$ 34,00/sc, tendo testado esse suporte três vezes nos últimos 7 dias.
Boi gordo
Arroba do boi gordo segue firme no mercado físico e se aproxima da máxima nominal do indicador.
As indicações de compra das indústrias avançam conforme a dificuldade de encontrar animais terminados e a necessidade de recompor os estoques do atacado.
No curtíssimo prazo, pecuaristas ainda conseguem reter animais a pasto e as boiadas de confinamento, em sua maioria, não estão prestes a sair. Assim, as cotações devem seguir firmes.
Do outro lado, o aumento da demanda por carne bovina neste período do mês permitiu avanços das cotações no atacado, recuperando, ainda que parcialmente, as margens dos frigoríficos.
Ontem (10/abr), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 158,80/@, alta de 0,19% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, a quarta-feira registrou quedas, com exceção do vencimento abril que subiu 0,32% e fechou a R$ 157,00/@.
Os contratos para maio e outubro encerraram o dia a R$ 154,50/@ (-0,26%) e R$ 158,55/@ (-0,06%), respectivamente.
Soja
Desde o final de fevereiro, os prêmios brasileiros para a soja passam por acomodações, balizando-se atualmente ao redor de US$ 0,35/bushel para exportações do primeiro semestre.
O alívio para os prêmios nos portos resulta do menor interesse da ponta compradora, além disso, a concorrência com a Argentina se mostra mais acirrada nesta temporada ante o ano anterior.
Em Chicago, os futuros subiram no pregão de ontem (10.abr), a alta aconteceu entre 0,30 e 0,50%, com o contrato para maio conseguindo romper o limite de US$ 9,00/bushel. Os contratos devolvem parte dos ganhos no pregão de hoje, mas graficamente, as cotações podem conseguir sustentar os novos patamares alcançados.
O mercado também acompanha o avanço da peste suína africana na China, comprometendo o maior rebanho suíno do mundo. As consequências da doença ainda não estão totalmente contabilizadas.
Em curto prazo, os abates suínos são ampliados como forma de controle da doença, mas em horizonte mais longo, o risco fica para a China expandir sua a importação de proteínas vivas e reduzir, em alguma medida, a sua necessidade por soja.
Cotações parciais
Boi gordo
Abr/19: 156,80 / -0,10
Mai/19: 154,50 / 0,05
Jun/19: 154,10 / 0,00
Jul/19: 154,70 / 0,00
Out/19: 158,70 / 0,10
Milho
Mai/19: 35,90 / -0,09
Jul/19: 33,45 / 0,00
Set/19: 34,05 / -0,05
Nov/19: 36,25 / 0,00
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 19,83 / -0,07
Jul/19: 20,09 / 0,00
Ago/19: 20,30 / 0,00
Soja – CBOT
Mai/19: 899,00 / -3,00
Jul/19: 912,50 / -2,75
Ago/19: 918,00 / -3,00
Set/19: 922,25 / -3,00
Dólar comercial: 3,84
Dólar Futuro
Mai/19: 3843,50 / 13,50
Jun/19: 3834,00 / 0,00
Jul/19: 3867,00 / 0,00