Milho

Na última sexta-feira (08.mar), o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou dados atualizados sobre o plantio do milho safrinha naquele estado. Houve avanço semanal de 3 p.p., alcançando 98,86%.

A proporção se mostra mais adiantada ante o mesmo período do ano passado, quando 95,60% da área tinha sido semeada.

Os trabalhos a campo acelerados nesta temporada, combinado com o recente período úmido, continua alimentando perspectivas positivas para a segunda safra do milho.

E neste sentido, os mapas climáticos seguem apontando para chuvas acima da média em boa parte do Brasil central nesta semana.

No mercado físico, a expectativa de safrinha cheia e preços alcançando patamares mais altos, incentivaram a comercialização. Mas apesar de avanço da liquidez, as cotações seguem sustentadas para o insumo.

Por fim, as cotações na B3 (antiga BM&F) começam a semana com acomodações, caindo entre 0,15 e 0,75 pontos no início do dia (11.mar). O contrato para maio/19, por exemplo, acumula queda de 3% nas últimas duas semanas, com última parcial em R$ 38,70/sc – o próximo suporte gráfico a ser buscado fica em R$ 38,30/sc.

Boi gordo

A semana que se inicia deve viabilizar novos avanços para arroba no mercado físico. No mercado futuro e no atacado, preços devem seguir a mesma trajetória.

Além da oferta restrita de animais terminados causada pela falta de chuvas em dezembro e janeiro, a condição das estradas em algumas regiões é crítica, dificultando (ou impossibilitando) a passagem de caminhões de gado.

O baixo número de negócios na última semana, devido ao feriado de carnaval, fez com que as escalas de abate ficassem ainda mais curtas, dando sustentação aos preços da arroba. A média dos estados levantados pela Agrifatto está em 4,8 dias.

E o Ministério da Economia deve divulgar na tarde de hoje as exportações parciais de março. A expectativa é que o ritmo positivo continue, posto que a carne bovina brasileira está competitiva no mercado externo.

Na sexta-feira (08/mar), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 151,55/@, alta de 0,13% no comparativo diário.

No mercado futuro da B3, os contratos para março e maio avançaram 0,16% e fecharam a semana cotados a R$ 152,50/@ e R$ 151,25/@, respectivamente. O vencimento outubro subiu 1,22% e encerrou a R$ 157,85/@.

No atacado, a carcaça casada bovina estava cotada a R$ 10,37/kg na última sexta-feira, registrando alta de 0,68% na semana.

Soja

Na última sexta-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou novo relatório de oferta e demanda.

O Departamento reduziu sensivelmente a sua expectativa para os estoques norte-americanos, passando de 24,77 milhões de toneladas para 24,50 milhões de toneladas. Enquanto manteve a projeção de importação pela China em 88 milhões de toneladas.

E ainda, o instituto subiu a estimativa de estoques globais, elevando de 106,7 para 107,2 milhões de toneladas.

Para a safra brasileira, o USDA ajustou novamente a sua projeção de produção, passando de 117 para 116,5 milhões de toneladas. Para a Argentina a produção deve alcançar 55 milhões de toneladas.

O novo relatório do USDA continuou com o tom conservador, com ajustes graduais a cada novo boletim. O fato é que o novo relatório também não gerou pressão positiva em Chicago, com as cotações trabalhando em campo negativo nesta manhã.

Aliás, o contrato para maio/19 opera abaixo de US$ 9,00/bushel – o que não acontecia desde o final do ano passado.

Cotações parciais

Boi gordo
Mar/19: 153,00 / 0,45
Abr/19: 151,65 / 0,00
Mai/19: 151,30 / 0,00
Out/19: 157,10 / 0,00

Milho
Mar/19: 42,05 / -0,14
Mai/19: 38,73 / -0,42
Jul/19: 35,00 / -0,75
Set/19: 35,20 / -0,39

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 19,72 / 0,00
Mai/19: 20,10 / 0,00
Jul/19: 20,34 / 0,00

Soja – CBOT
Mar/19: 883,75 / 0,00
Mai/19: 895,25 / -0,50
Jul/19: 909,25 / -0,50
Ago/19: 915,50 / -0,50

Dólar comercial: 3,85

Dólar Futuro
Mar/19: 3852,50 / -19,50
Abr/19: 3882,00 / 0,00
Jun/19: 3895,00 / 0,00