Picos e vales: Boi gordo em fluxo
Com a instabilidade do mercado físico, a semana encerra com altas na maioria das praças pecuárias
Boi Gordo 
Após ter demonstrado recuos ontem, o mercado físico encerra a semana com leves avanços na maioria das praças pecuárias, mostrando uma queda de braço entre pecuarista e frigorífico, com uma demanda interna mais firme, a população com o poder aquisitivo um pouco mais consistente neste final de ano, devido as bonificações e empregos temporários gerados pelos comércios, a indústria frigorífica procura abastecer seus estoques e ofertaram mais pela arroba nesta sexta-feira (08/12), a expectativa para os próximos dias é que a a arroba ganhe ainda mais firmeza. Em Minas Gerais, a cotação teve valorização de 0,4%, com a arroba cotada a R$236,40, enquanto a região norte do país ainda sofre os efeitos climáticos que prejudicaram as pastagens, e o Pará encerra a semana com recuo de 0,5%, cotado a R$213,00/@. Na B3, o vencimento para dez/23 teve recuo de 0,36%, cotado a R$247,65/@
Para as escalas de abate, com os frigoríficos acelerando as compras para se prepararem para o crescimento da demanda, as escalas avançaram pelo país. A média nacional das programações de abate encerrou a sexta-feira em 10 dias úteis, 2 dias de avanço no comparativo mensal, sendo o maior patamar desde o início de setembro.
Milho 
O preço do milho ficou estável devido a menor liquidez das negociações na sexta-feira (08/12/2023), com um fechamento próximo dos R$ 66,00/sc em Campinas/SP. Apoiados na movimentação de alta da taxa de câmbio e reagindo às indefinições quanto à 2ª safra do cereal em 2024, os futuros de milho registraram pequenos ganhos durante a última sexta-feira na B3. O contrato jan/24 (CCMF24) variou +0,44% e finalizou o pregão regular cotado em R$ 71,44/sc.
Apesar do USDA elevar a estimativa do programa de exportação de milho dos EUA em 23/24, alcançando 53,34 milhões de toneladas, e reduzir os estoques finais do cereal no país, os futuros de milho terminaram a sexta-feira em território negativo na CBOT. O contrato mar/24 (CH24) recuou 0,51% e encerrou a sessão de 6ª feira (08) cotado em US$ 4,86/bu.

Soja 
Apesar da baixa em Chicago, juntamente com a estabilidade dólar, a soja continua valorizando no mercado físico do país, tendo um fechamento próximo dos R$ 146,50/sc em Paranaguá/PR.

Sem apresentar grandes alterações no relatório WASDE de 08/12, o USDA trouxe um pequeno corte de 1,22% para a produção de soja no Brasil em 23/24, antes estimada em 163 milhões de toneladas, agora prevista para 161 milhões de toneladas, e elevou as exportações brasileiras na atual temporada para 99,5 milhões de toneladas, representando um aumento de 2,05%. O mercado segue monitorando tanto o clima na América do Sul quanto a demanda pela commodity norte-americana. O contrato jan/24 (ZSF24) desvalorizou 0,59% e fechou a sessão regular de sexta-feira cotado em US$ 13,04/bu.