USDA impulsiona alta nos grãos
Grãos encerram a semana em alta no mercado doméstico e internacional, impulsionados pelo relatório de oferta e demanda do USDA e pela valorização do dólar, que intensifica o movimento no mercado
Milho
O cereal encerra pela sexta semana consecutiva em valorização, na de referência R$74,64/sc em Campinas/SP na sexta-feira. O movimento positivo tanto do câmbio no Brasil quanto das cotações do cereal em Chicago resultou em ganhos para os futuros de milho na B3 durante a última sexta-feira. O contrato novembro/24 (CCMX24) oscilou +0,48%, encerrando o pregão regular de 08/11 cotado a R$ 73,87/sc.
Na CBOT, os futuros de milho também seguiram em alta ao longo da sexta-feira. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou seu relatório de oferta e demanda agrícola mundial em 08/11, com ajustes negativos para produtividade, produção e estoques finais de milho nesta temporada em comparação com o relatório de outubro/24. O contrato dezembro/24 (CZ24) valorizou 0,82% e fechou a sexta-feira a US$ 4,31/bu.
Boi gordo
Na última sexta-feira, o mercado físico do boi gordo seguiu em alta, com valorizações da arroba em praticamente todas as praças, exceto no Paraná, onde os preços permaneceram estáveis no comparativo diário. O destaque foi Mato Grosso, que registrou um aumento de 0,72% no dia, com a arroba do boi gordo precificada a R$ 311,81. Por outro lado, na B3, o pessimismo predominou, com desvalorizações em todos os contratos futuros do boi gordo no comparativo diário. O vencimento de dez/24 registrou a maior queda, recuando 0,86% e fechando a sexta-feira a R$ 329,50/@.
A última semana apresentou uma redução no volume de contratos em aberto de futuros e opções no mercado de boi gordo, com queda de 4,66% no comparativo semanal, somando 92,62 mil contratos, o menor nível desde 16/05/24. Essa redução foi mais acentuada nas opções, com recuo de 5,89%, totalizando 56,66 mil contratos, essa queda foi puxada pelas CALLs que caíram 20,35% entre 31/10 e 07/11, enquanto as PUTs aumentaram 8,15%, sinalizando descrença na continuação do movimento de alta. A proporção de CALL/PUT ajustou-se para 42%-58%, com a participação das PUTs voltando a crescer. Nos futuros o movimento também foi de queda (-2,66%) nos contratos em aberto, chegando a 35,97 mil, destaque-se os Investidores Institucionais, que ampliaram sua posição vendida em 36,24%, alcançando um saldo de 2,25 mil contratos.
Soja
Os preços da oleaginosa no mercado interno mantiveram-se em alta, encerrando a semana a R$ 144,09/sc na referência de Paranaguá/PR, com um ganho de 0,58%, impulsionados pela valorização do dólar e pelo mercado internacional.
Após o USDA reportar, no relatório WASDE de novembro/24, uma queda nas estimativas de produtividade e produção de soja nos EUA para a temporada 2024/25 em relação ao boletim de outubro/24, os futuros da oleaginosa encerraram a sexta-feira em território positivo na Bolsa de Chicago. Também houve recuo nos estoques finais da commodity nos EUA e globalmente. O contrato janeiro/25 (ZSF25) subiu 0,39%, finalizando a sessão de 08/11 cotado a US$ 10,30/bu.