Um pássaro? Um avião? Não, é o dólar!
Expectativas de cenário econômico doméstico desafiador faz dólar voltar a flertar com os R$ 5,35 refletindo em movimentos positivos de preços para as commodities brasileiras.
Milho 🌽
Mercado doméstico do milho indica maior pressão de oferta, levando a saca em Campinas/SP a recuar para R$84,50. Apesar da queda em Chicago, a forte alta do dólar na bolsa brasileira contribuiu para que alguns vencimentos do milho fechassem o penúltimo pregão da semana no campo positivo. Com alta de 0,38%, o contrato CCMF23 (jan/23) terminou a sessão regular de 5ª feira (10) precificado em R$ 88,20/sc.
Refletindo os números positivos para a safra 22/23 do cereal nos EUA divulgados pelo USDA na última 4ª feira e também os fracos números de vendas semanais reportados pelo mesmo órgão no dia de ontem (10), os futuros de milho acumularam o quarto pregão consecutivo de queda em Chicago. Neste sentido, o vencimento para dezembro/22 caiu 1,69% e terminou a sessão diurna de quinta-feira cotado em US$ 6,53/bu.
Boi Gordo 🐂
Novamente duas praças brasileiras monitoradas registraram ajustes positivos no mercado físico do boi gordo, mas dessa vez foram as praças de Goiás e Rondônia que tiveram suas cotações valorizadas. Em São Paulo os preços se mantêm estáveis, e a arroba do boi comum e a do “boi China” seguem valendo R$ 280,00, com escalas na média de oito dias. Já na B3, o contrato com vencimento para nov/22 passou por ajustes negativos de 0,28%, e fechou o dia em R$ 286,55/@.
No atacado paulista, as negociações dessa semana apresentam maiores volumes alocados, visto que as pastagens no Rio Grande do Sul devem ser esvaziadas para dar lugar ao plantio de soja e o excesso de produção é exportado para o sudeste. Assim, as cotações perderam força e alguns produtos com ossos registram variações negativas, como o boi castrado, que sofreu queda de R$ 0,50/kg, sendo negociado à R$ 18,50/kg.
Soja 📊
Movimentos opostos entre o dólar na B3 e os futuros em Chicago resultaram em uma soja negociada na média de R$ 186,50/sc em Paranaguá/PR.
O viés de baixa também marcou os futuros da oleaginosa em Chicago na última quinta-feira, onde o mercado reagiu a forte alta do câmbio no Brasil que estimula a venda de grãos pelo país, além de agentes digerirem melhor os ajustes positivos para a soja norte-americana no último relatório do USDA. Desvalorizando 2,00%, o contrato para janeiro (ZSF23) fechou a sessão regular de 5ª feira (10) a US$ 14,23/bu.
Agrifatto