Milho
A recuperação dos preços nas cadeias de aves e suínos junto a alta no dólar, deu maior ânimo para as vendas no mercado físico do milho, o patamar de R$ 50,00/sc deve seguir sustentado até a chegada do milho safrinha, enquanto o dólar continuar acima dos R$ 5,50. Além disso, o aumento de 12% na gasolina divulgado pela Petrobras dá maior sustentação ao etanol e assim solidifica o atual patamar do milho.
O petróleo seguiu em alta e puxou consigo as demais commodities mundiais, no caso do cereal norte-americano a semana inicia-se com este voltando a ser negociado próximo aos US$ 3,20/bu. Ainda assim, a divulgação do relatório de Oferta e Demanda do USDA é que deve ditar o ritmo de negociações durante esta semana nos EUA, por isso o foco será no relatório que será divulgado na terça-feira.
Boi gordo
A entrada de maio foi marcada por uma melhora no fluxo de saída de carne bovina no mercado doméstico, movimento influenciado principalmente pela chegada dos salários, período sazonal de melhor venda da proteína, e o Dia das Mães no último domingo (10/05).
As indústrias, pelo aumento da disponibilidade de boiada pronta para abate com a chegada da frente fria, aumentaram seu apetite de compra para alongar as escalas, porém, as negociações desaceleraram no final da semana. Em São Paulo, as programações de abate encerraram a sexta-feira (08/05) com 9 dias úteis com os preços estáveis.
Soja
No Brasil, nem mesmo o prêmio no porto a patamares historicamente baixos está fazendo a cotação dos negócios para a safra 20/21 recuarem. A comercialização da safra futura segue intensa, já que o produtor visualiza no dólar a R$ 5,80 uma boa oportunidade para fechar vendas. O farelo de soja no mercado físico também voltou a registrar forte valorização, voltando a ficar cotado na casa dos R$ 1.550/t em Rio Verde/GO, valor que não era visto desde o início de abril/20.
A semana inicia-se nos EUA com o mercado também de olho no relatório de Oferta e Demanda do USDA, na sexta-feira o contrato com vencimento para setembro/20 voltou a fechar acima dos US$ 8,50/bu, fato que ainda não havia ocorrido em abril deste ano. Apesar da valorização do real frente ao dólar e da relativa reaproximação entre EUA e China, o mercado de commodities segue frágil, se agarrando a qualquer fundamento para buscar alta, mas a tendência de queda ainda impera sobre o mercado norte-americano.