Milho

A CONAB divulgou hoje (10/jan) seu 4º levantamento de acompanhamento da temporada 2018/19.

As alterações para o milho no relatório deste mês foram comedidas. Para o milho verão, o cálculo subiu 0,30% – para 27,45 milhões de toneladas (no boletim de dez. a estimativa ficou em 27,37 mi t).

A produção da safrinha segue mantida em 63,73 milhões de toneladas, o que se confirmado, representaria alta de 18,10% ante as 53,97 mi t da safra 2017/18.

E assim, a CONAB prevê colheita total de 91,19 milhões de toneladas. Na safra anterior o país colheu 80,78 mi t.

E assim, a expectativa de produção praticamente mantida, reforça que o desempenho da safra de inverno do milho será substancial para formação dos preços. Ou seja, se essa projeção conseguir ser alcançada, representaria uma renovação da oferta brasileira com o cereal, pressionando para baixo as cotações.

E se por um lado, a antecipação da temporada com a soja permite janela de plantio confortável. Por outro lado, o risco de condições ruins na semeadura e para o desenvolvimento da safrinha podem continuar sustentado valores mais altos.

Boi gordo

O mercado pecuário segue com um número baixo de negociações. Assim, as indicações de preços variam em diferentes sentidos, a depender da oferta de animais terminados em cada região.

Nos estados levantados pela Agrifatto, houve variações em diferentes sentidos, mas na média, os preços ficaram próximos aos do início de terça-feira (08/jan). Ontem (09/jan), em São Paulo (SP), a arroba à vista estava cotada a R$ 152,13 (para descontar impostos). No Mato Grosso do Sul (MS), fechou a R$ 142,57/@.

As escalas de abate também apresentaram pouca variação. Em SP e MS atendem a 7,5 e 8,5 dias úteis, respectivamente. A média dos estados brasileiros se manteve em 7,0 dias.

Ontem, o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 153,10/@, alta diária de 1,29%. No mercado futuro da B3, os contratos com vencimento em janeiro e fevereiro fecharam em R$ 152,00/@, recuando 0,16% e 0,33%, respectivamente.

Soja

A CONAB também trouxe ajustes para a produção de soja no país, mas como também era esperado, as alterações foram comedidas, conservando parte das projeções iniciais. Deste modo, os relatórios seguintes devem trazer novos ajustes para baixo da produção.

As estimativas recuaram de 120 para 118,80 milhões de toneladas (queda de 1,05% entre os boletins de dez e jan). Por enquanto, a queda entre as safras é de 0,4% (já que produção em 2017/18 ficou em 119 mi de tons).

O relatório destaca também menores volumes na região Sul, com partes do Paraná recebendo até 50% menos chuvas ante a média histórica. Além de desafios climáticos no MS, onde o normal para algumas áreas de 180 mm, receberam apenas 19 mm na primeira metade de dezembro.

Volume de chuvas ligeiramente menor também no Centro-Oeste em dezembro com relação a novembro, embora tenham sido relativamente bem distribuídas e em linha com a média histórica – entre 100 e 250 mm no último mês.

Por fim, outro ponto importante no relatório fica para a queda de produção estreitando o volume de esmagamento e exportação de soja, já que não há estoques de passagens para ser consumido – o que deve ser entendido como importantes pontos de suporte às cotações nesta temporada.

Cotações parciais

Boi gordo
Jan/19: 152,10 / 0,10
Fev/19: 152,50 / 0,00
Mar/19: 152,00 / 0,00
Mai/19: 151,00 / -0,15
Out/19: 156,50 / 0,00

Milho
Jan/19: 38,69 / 0,04
Mar/19: 38,90 / 0,10
Mai/19: 37,19 / 0,00
Jul/19: 34,75 / 0,00

Soja – B3
Nov/18: 22,38

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 20,29 / -0,10
Mai/19: 20,69 / 0,00
Jul/19: 20,92 / 0,00
Ago/19: 21,02 / 0,00

Soja – CBOT
Jan/19: 908,25 / -3,25
Mar/19: 919,00 / -5,00
Mai/19: 932,25 / -5,00
Jul/19: 944,00 / -5,00

Dólar comercial: 3,69 / 0,00

Dólar Futuro
Fev/19: 3690,00 / 4,50
Mar/19: 3708,00 / 7,50
Abr/19: 3702,00 / -8,95
Mai/19: 3715,00 / 5,00