Tensões de todos os lados? O mercado segue atento aos desdobramentos do conflito no Oriente Médio, ao clima na América do Sul, pós-feriado na China e as consequências da passagem do furacão Milton nos EUA, em uma semana que espera pela divulgação do relatório WASDE de outubro/24.
Milho
O movimento de comprador traz valorização parra o cereal em Campinas/SP, que supera os R$67,00/sc e alta diária de 1,3%. Na B3, os futuros de milho registraram novos avanços na última quarta-feira, reagindo à continuidade da alta do câmbio no Brasil e ao movimento mais estável de Chicago, além das preocupações com o clima no Brasil, que pode impactar a janela do milho 2ª safra de 2025. O contrato novembro/24 (CCMX24) subiu 0,72%, finalizando o pregão regular de 09/10 cotado a R$ 68,25/sc.
Movimentações mistas marcaram os futuros de milho na CBOT na última quarta-feira. De um lado, o avanço da colheita de uma grande safra nos EUA pressionou os preços, enquanto o bom ritmo do programa de exportação norte-americano do cereal ofereceu suporte. O contrato dezembro/24 (CZ24) variou +0,06% e fechou a sessão diurna de 09/10 cotado a US$ 4,21/bu.
Boi gordo
O mercado físico continuou apresentando intensa pressão de alta nos valores do boi gordo, apesar dessa “onda” de valorização, o volume de negócios ainda não é o suficiente para alongar as escalas de abate, que permaneceram em 6 dias úteis, na média nacional. Goiás foi o destaque do dia, que apresentou um incremento de 3,42% no comparativo diário e atingiu os R$ 277,92/@, o maior patamar desde dez/22. Na B3, o movimento também foi de alta, e todos os contratos tiveram ajustes positivos, o vencimento para out/24 ficou precificado a R$ 295,15/@, alta de 1,36%, com um ágio de apenas 0,29% sobre os R$ 294,31/@ do mercado físico.
Enquanto temos um mercado interno aquecido, o mesmo não pode ser dito das novas negociações com os chineses. Por conta do feriado na semana passada, as negociações de carne bovina brasileira com os chineses continuaram reduzidas. A volta que aconteceu na segunda-feira (07/10) foi marcada por uma pedida bem acima dos exportadores brasileiros, solicitando US$ 5.100/t no dianteiro bovino, no entanto, os chineses se ausentaram e nenhum negócio foi fechado. Com isso, o dianteiro brasileiro com destino a China continuou cotado a US$ 4.600/t, atingindo a menor diferença para o dianteiro vendido no mercado interno desde mai/24.
Soja
O dólar em alta com CBOT volátil durante o dia reflete de forma positiva aos preços da oleaginosa no mercado brasileiro, com a saca em Paranaguá/PR avançando para R$141,00/sc, valorização diária de 0,5%.
Os futuros do grão de soja registraram pequenos ganhos na quarta-feira na Bolsa de Chicago, com correções técnicas de alta após uma sequência de quedas diárias. Os agentes do mercado estão atentos ao clima no Brasil, à demanda pela oleaginosa norte-americana e à divulgação do relatório WASDE de sexta-feira. O contrato novembro/24 (ZSX24) valorizou 0,39%, terminando a sessão regular de 09/10 cotado a US$ 10,20/bu.