Nocaute no mercado brasileiro
A melhora das condições das lavouras de soja e milho nos EUA, juntamente com um cenário climático favorável ao desenvolvimento das lavouras no país, adicionam peso extra ao viés de baixa dos preços em Chicago que renovou mínimas desde 2020 para a soja e milho. Na B3, o futuro de dólar para ago/24 volta a recuar e encerra a terça-feira próximo de R$ 5,43.
Milho 
O mercado físico do cereal na praça paulista se sustenta acima dos R$60,00/sc refletindo baixa liquidez dos agentes. Movimentações mistas marcaram os futuros de milho ao longo da última terça-feira na B3, ponderando o recuo do dólar frente ao real e o movimento positivo dos futuros do cereal na CBOT. O contrato set/24 (CCMU24) oscilou +0,26% e encerrou o pregão regular de 09/07 cotado a R$ 58,04/sc.
Após o expressivo movimento de baixa observado na segunda-feira para os futuros de milho na CBOT, tímidas oscilações no campo positivo marcaram os futuros da commodity na última terça-feira, apresentando correções técnicas de alta acompanhando o movimento positivo dos futuros de trigo. O futuro de milho para setembro/24 (CU24) variou +0,19% e fechou a sessão diurna de 09/07 cotado a US$ 3,94/bu.
Boi Gordo 
Com o feriado no estado de São Paulo, o mercado físico do boi gordo operou de maneira tímida. Mesmo assim, o boi gordo seguiu avançando nas outras regiões. Em Minas Gerais as cotações atingiram os R$ 213,65/@, com alta de 0,15% e no Mato Grosso do Sul a elevação foi de 0,17%, com o boi cotado a R$ 217,90/@. Enquanto isso, na B3, todos os contratos futuros tiveram ajustes positivos. O contrato para out/24 terminou o pregão a R$ 246,00/@, com um aumento de 0,55%.
O abate de fêmeas continuou a ocorrer, mas agora em ritmo ligeiramente menor. Pela primeira vez, desde dez/23 a participação de fêmeas sobre o total abatido ficou abaixo da linha dos 50% em Mato Grosso, em jun/24 esse percentual foi de 49,71%. No total entre janeiro e junho foram abatidas 3,62 milhões de cabeças no estado, 25,88% acima do observado no mesmo período de 2023. As fêmeas totalizaram 1,92 milhões de cabeças, o que equivale a 52,99% de participação sobre o total acumulado.
Soja
A saca da oleaginosa perde a referência de R$138,00/sc diante das quedas na CBOT e do dólar. Preços no interior do país acumulam até 5 R$/sc em 2 dias.
Desvalorizações superiores a 1% foram registradas para os futuros do grão de soja durante a última terça-feira na CBOT, em reação à queda dos derivados da oleaginosa na bolsa, ao clima favorável nos EUA e à melhora das condições das lavouras norte-americanas no comparativo semanal reportado pelo USDA. O contrato novembro/24 (ZSX24) desvalorizou 1,77% e encerrou a sessão regular de 09/07 cotado a US$ 10,80/bu.