Soja brasileira é negociada acima dos R$ 125,00/sc com sustentação do dólar
Com dólar superando a barreira dos R$ 5,40, a oleaginosa brasileira fecha a primeira semana bem sustentada, sendo negociada acima dos R$ 125,00 nos portos brasileiros.
Milho
E a semana para o milho encerra como se iniciou, com preços pressionados e vendedores renovando suas pedidas para cima sobre o cereal no mercado físico. Com o dólar rompendo os R$ 5,40 depois de 18 dias, a cotação do milho em Campinas/SP rompeu os R$ 53,00/sc. Na B3, a alta foi de 1,90% no vencimento setembro/20, encerrando o dia cotado à R$ 54,77/sc, a pressão altista não cede.
A depressão nos EUA continuou na última sexta-feira, com as cotações do contrato setembro/20 recuando 1,12% ficando cotado a US$ 3,08/bu, menor valor desde o dia 07/05/2020. A pressão que um possível crescimento da safra de milho causa no mercado é latente, e, com o dólar valorizando frente a outras moedas, a cotação do cereal não alcança sustentação em fundamentos.
Boi gordo
A primeira de agosto encerrou com o avanço das programações de abate nas principais praças do país. Em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira (07) com 9 dias úteis, acima da média parcial anual registrada em 6,0 dias úteis. O alongamento também ocorreu no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso com 6,0 dias úteis, alinhados com a média dos últimos 12 meses.
Já no atacado paulista de carne bovina, a ponta compradora cedeu à pressão de alta e acatou os reajustes positivos em R$ 0,30/kg, com isso, a carcaça casada bovina passou a ser negociada a R$ 14,80, aumento semanal de 2,07%. Neste ambiente, os preços começam a caminhar para aqueles vistos no final de novembro/19, quando a cotação chegou na casa dos R$ 15,00/kg.
Soja
A soja brasileira surfa nas altas do dólar e já é negociada acima dos R$ 125,00/sc no porto de Paranaguá. A divisa norte-americana valorizou frente as outras moedas mundiais, com as tensões entre EUA e China ganhando novos tons e se intensificando, graças a eminente proibição dos aplicativos chineses em solos norte-americanos.
Em Chicago, os preços da oleaginosa recuaram por mais um dia, desvalorizando 1,03% na sexta-feira, ficando cotado a US$ 8,66/bu. Mesmo o anúncio de novas compras chinesas não foi suficiente para impulsionar o mercado de soja dos EUA.
Agrifatto