Movimento de alta satura, e boi gordo experimenta fraqueza nos preços
A valorização do boi gordo que vinha sendo observada desde meados de maio/20 parou nos últimos dias, com os frigoríficos “esfriando” as ofertas.
Milho
Mais um dia de valorização nos negócios de milho no mercado físico, com o patamar de R$ 50,00/sc sustentado, partindo para o rompimento da resistência dos R$ 51,00/sc. Na B3, o dia foi de forte valorização, com o vencimento setembro/20 batendo na porta dos R$ 49,00/sc, encerrando a quinta-feira cotado à R$ 48,69/sc, preço máximo desde o início das negociações deste contrato.
Em Chicago o dia também foi de variação positiva nas cotações, com o vencimento setembro/20 encerrando o dia com alta de 0,72%, ficando cotado a US$ 3,49/bu. A pressão de alta sobre o milho norte-americano se deu por conta da redução na oferta global de trigo e pelas vendas externas de cereal que vieram acima das expectativas dos analistas. Nesta sexta-feira, sai o relatório de oferta e demanda do USDA, os dados deste relatório ditarão o ritmo do mercado no fim desta semana.
Boi gordo
O movimento de alta que o boi gordo vinha imprimindo nas últimas semanas aparenta ter saturado, com os frigoríficos reduzindo as ofertas de preços e efetivando negociação em poucos lotes. Do outro lado da mesa, os pecuaristas seguram ao máximo as vendas, buscando assim, retomar o movimento de valorização. Desta forma, o mercado do boi seguiu estável, mas “frio”, com uma tendência de queda das cotações no horizonte. Na B3, o dia foi de desvalorização nos contratos futuros, o vencimento outubro/20 fechou o dia cotado à R$ 213,10/@.
O dia “D” do atacado da carne bovina em São Paulo não trouxe grandes novidades nas negociações da proteína, as ofertas de boi casado permaneceram rondando a casa dos R$ 14,00/kg, apesar da intensa queda de braço entre compradores e vendedores. O consumo tímido e a desvalorização do boi gordo no horizonte contribuem para que as cotações se retraíam nos próximos dias.
Soja
O patamar de R$ 116,00/sc para a soja física em Paranaguá/PR seguiu sustentado pela leve variação positiva do dólar e da oleaginosa na CBOT nesta quinta-feira. Com a forte valorização da soja nos EUA nos últimos dias, o prêmio pago nos portos brasileiros para agosto/20 voltou a subir, batendo a casa dos US$ 1,25/bu nesta quarta-feira.
A incerteza quando ao clima e o relatório dos USDA que sai nesta sexta-feira continuam a ditar o ritmo dos negócios em Chicago, o vencimento para março/21 fechou o dia com leve alta de 0,42%, ficando cotado a US$ 9,03/bu, o rompimento da resistência dos US$ 9,10/bu realizado em março/20 segue no radar.
Agrifatto