Cenário sazonal positivo dá suporte ao boi gordo
Apesar de uma previsão de recuo de 6% no PIB brasileiro, carne bovina e boi gordo seguem com suporte nos preços devido à oferta restrita de animais.
Milho 
Pelo sétimo dia consecutivo o milho em Campinas/SP registrou desvalorização, fechando a terça-feira próximo dos R$ 47,30/sc. Aos poucos a oferta vai chegando ao mercado, no Paraná, a colheita avançou mais 1 p.p. nesta semana, chegando a 3% da área total, segundo o Deral. Vale ressaltar que houve uma melhora nas condições das lavouras durante esta última semana.
Respondendo as variações no mercado físico, o milho na B3, seguiu em queda nesta terça-feira, com o vencimento para julho/20 encerrando o dia à R$ 43,42/sc, desvalorizando 0,7%. Nos EUA, as condições climáticas favorecem a previsão de boa safra de milho, com isso, os vencimentos futuros na CBOT registraram em queda de 1,9% no vencimento para julho/20, fechando a US$ 3,28/bu. Com o dólar em queda e tais preços na CBOT, o milho norte-americano ainda continua 5% mais barato que o brasileiro, pressionando assim as vendas externas do Brasil.
Boi gordo 
As vendas no atacado paulista de carne bovina continuam movimentadas. Pelo bom fluxo de saída no final de semana, os vendedores operam com estoques enxutos. Os preços se mantêm sustentados em R$ 13,30 a 13,50 para a carcaça casada bovina. No varejo, as notícias também são otimistas, com a procura por carne bovina demandada nesta primeira quinzena do mês, período sazonal mais favorável para venda dos produtos bovinos.
Para o mercado de boi gordo, a ponta compradora continua pressionada pela oferta restrita e tendo necessidade de aumentar suas indicações para preencher as escalas de abate. Neste cenário, as plantas frigoríficas trabalham com programações curtas e pulando dias de abate. As indicações nas praças paulistas giram em torno de R$200,00 a 205,00/@.
Soja 
O mercado físico de soja brasileiro começou a sentir com mais força a queda do dólar, já que esta quarta-feira se inicia com as cotações nos portos próximos dos R$ 102,00/sc. A diminuição no ritmo de embarques chineses, com esses se atentando mais as compras nos EUA, dá sinais de que o rompimento do suporte do preço de R$ 100,00/sc, pode acontecer já nos próximos dias. Dependendo do que o relatório do USDA revelar de quinta-feira, tal fato pode acontecer.
Nos EUA, as condições boas da safra de soja dificultam qualquer rally de alta nos preços na CBOT, a tempestade tropical que perdeu força nos últimos dias, deixou chuvas que se espalham pelo norte do país. O clima dá sinais de que poderemos ter uma safra de oleaginosa grande dos norte-americanos, os olhos desses agora se voltam para a demanda chinesa, em qual força ela deve ocorrer.
Agrifatto