Segura a boiada
Preço do boi gordo avança com oferta reduzida, mas câmbio pesa sobre a arroba em dólar
Boi Gordo
O cenário do mercado físico do boi gordo foi predominantemente positivo. Tocantins, foi a região monitorada com maior incremento, de 1,06%, encerrando a quarta-feira com a arroba precificada a R$ 297,70. Na contramão, Minas Gerais apresentou o maior recuo, de 0,10%, fechando o dia com o boi gordo cotado a R$ 312,82/@. Na B3, os contratos futuros para o boi gordo refletiram o otimismo do físico, com destaque para o vencimento em jun/25, que avançou 0,45% e encerrou o pregão a R$ 331,20/@.
Em abril, o mercado do boi gordo segue firme, sustentado pelas boas condições de pasto, que têm favorecido a retenção dos animais e mantido a oferta mais controlada, resultando em alta de 1,15% nos preços internos. No mercado externo, o preço da arroba em dólar recuou 3,97% na comparação semanal, fechando a US$ 54,18, reflexo da desvalorização do real frente à moeda americana. Entre os destaques nas exportações, os embarques para os EUA cresceram 119% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024. O Chile também teve bom desempenho, com aumento de 54% nas compras de carne bovina resfriada brasileira, enquanto a China respondeu por apenas 2% dos embarques no período.
Milho
No mercado doméstico, a saca do milho em Campinas registrou uma nova valorização de 0,55%, com a saca atingindo R$ 85,75. Quarta-feira de grande volatilidade para as cotações de milho na B3, que encerrou o dia com ajuste negativo com a reversão do dólar apesar da valorização na CBOT. O clima para abril e maio segue no radar. O contrato maio/25 (CCMK25), recuou 0,76%, encerrando o pregão regular a R$ 79,56/sc.
Nesta quarta-feira, as cotações de milho em Chicago finalizaram o pregão em alta. O mercado segue otimista em relação à demanda para o milho americano e adicionando também o clima menos favorável para o trigo de inverno resultou em mais um dia de alta para o grão. O contrato de milho com vencimento mais próximo, maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão regular subindo 1,07%, cotado a U$ 4,74/bu.
Soja
No mercado interno, a soja subiu 1,66% na referência de Paranaguá/PR, com a saca alcançando R$ 136,85, impulsionada pela forte volatilidade de dólar, prêmios e CBOT.
Em dia movimentado, as cotações futuras de soja fecharam em alta em Chicago nesta quarta-feira. A guerra comercial continua entre os EUA e China, para os demais países uma pausa de 90 dias nas taxações. O clima de incertezas se mantém no mercado, em contrapartida, as cotações do petróleo subiram forte durante a tarde levando de carona as cotações de óleo de soja. Na mesma direção, o farelo de soja fecha o dia em alta. O contrato futuro de soja grão mais curto, maio/25 (ZSK25), se elevou em 2,01% finalizando o pregão regular a U$ 10,13/bu.