Milho

A semana começa com recuperação do milho na B3, com os contratos retornando aos níveis observados na última semana.

A notícia sobre a habilitação de 25 plantas brasileiras para exportar a China alimenta a perspectiva de um mercado doméstico mais dinâmico, destravando as negociações no mercado spot.

De todo modo, a disputa de braço deve continuar nas próximas semanas, e o novo boletim de oferta e demanda a ser divulgado pelo USDA nesta quinta-feira (09) pode mexer novamente com as cotações.

Outro fator de precificação fica para o desempenho das exportações brasileiras, e o Ministério da Economia deve divulgar nesta tarde os primeiros volumes embarcados em setembro.

A expectativa é que o volume a ser enviado pelo Brasil até o final deste mês fique entre 6 e 7 milhões de toneladas.

Boi gordo

Nessa manhã (09/set), de acordo com um comunicado feito pela GACC (órgão de sanidade da China), 25 novas plantas brasileiras foram habilitadas a exportar para China.

Os frigoríficos habilitados somam: 17 de carne bovina, 6 de frango, 1 de suínos e 1 de asininos. Dentre os novos estabelecimentos, há plantas localizadas em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia e Rio Grande do Sul.

A notícia gera otimismo, que já se reflete sobre os contratos futuros, com altas na primeira hora do pregão. O contrato para out/19 avançava 1,40 pontos, com parcial em R$ 161,35/@.

Há alguns meses o mercado já estava ansioso em relação a notícia de novas plantas habilitadas a exportar para a China, dada a perspectiva de maior participação brasileira neste mercado, que se aquece em meio a disseminação da peste suína africana.

A confirmação deve oferecer novo fôlego as indicações, aquecendo a dinâmica de comercialização no mercado físico.

Na última sexta-feira (06/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 155,55/@, queda de 0,73% no comparativo diário.

Soja

Sem fatores altistas no radar, os futuros da soja começam a semana novamente em campo negativo.

Os novos mapas climáticos apontam condições positivas ao desenvolvimento das lavouras, afastando, no curto prazo, riscos de novos comprometimentos a safra norte-americana.

As temperaturas podem ficar gradualmente mais altas nos próximos dias, reflexo da passagem do Furacão Dorian, diminuindo a possibilidade de geadas neste mês.

Além disso, as chuvas podem se registrar ligeiramente acima do normal para a próxima semana (entre 09 e 17 de setembro), e se confirmado, virá em momento de definição do potencial produtivo das lavouras.

No ambiente doméstico, a movimentação para o câmbio pesou sobre o preço da soja. Na última semana, o dólar recuou 1,51%, derrubando os preços em quase 4,45% em Sorriso/MT (parcial em R$ 69,20/sc (CEPEA).

A desvalorização do dólar também esfriou a comercialização da soja em Paranaguá, além disso, o mercado chinês aguarda por novas informações acerca da disputa comercial sino-americana, na expectativa de oportunidades de compra com preços menores.