Fundamentos em evidência
Agentes do mercado em Chicago posicionam-se às vésperas da divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA nesta quarta-feira (09). No Brasil, o dólar segue volátil e acaba refletindo diretamente na formação de preços de soja e milho.
Milho 🌽
Apesar do menor ritmo de negócios do mercado interno, as exportações do cereal seguem dando sustentação aos preços no mercado doméstico com saca de milho sendo negociada a R$ 85,30 em Campinas/SP. Alinhados ao movimento negativo de Chicago nesta terça-feira, os vencimentos mais longos do milho futuro apresentaram quedas mais expressivas na B3. Já apresentando maior liquidez, o contrato jan/23 (CCMF23) caiu 0,96% e encerrou a sessão regular de 3ª feira (08) cotado em R$ 88,10/sc.
Na CBOT, o viés de baixa tomou conta dos principais vencimentos do milho no pregão anterior à divulgação do relatório WASDE, apesar dos EUA reportarem no dia de ontem grandes vendas do cereal ao México. Desvalorizando 1,22%, o contrato dez/22 (CZ22) finalizou a sessão diurna de terça-feira (08) a US$ 6,68/bu.
Boi Gordo 🐂
Pelo segundo dia consecutivo, no mercado físico do boi gordo as cotações se mantiveram estáveis em todas as praças brasileiras monitoradas. Em São Paulo, o boi comum manteve o valor de sua arroba em R$ 280,00, assim como o “boi China”, com escalas na média de oito dias, um dia a menos em comparação à média de segunda-feira. Na B3, o contrato com vencimento para nov/22 fechou o dia em R$ 287,60, registrando ajustes negativos de 1,13%.
Com o cenário se tranquilizando a respeito do bloqueio das rodovias, as distribuições para o varejo, principalmente na região sudeste, se aproximam da normalidade e as vendas de carne com ossos são consideradas boas. Nessa semana os preços no atacado paulista ainda não apresentaram variações, porém a valorização da semana passada foi suficiente para resultar em margens operacionais positivas para a operação abate, e assim, as expectativas para as negociações da próxima quinta-feira (10/11) apontam para preços muito firmes.
Soja 📊
Mesmo com as negociações mais “travadas” no mercado doméstico nos últimos dias, o dólar próximo a R$ 5,15 na B3 contribuiu para que a soja fosse comercializada na média de R$ 186,00/sc em Paranaguá/PR.
Mais um dia de queda foi contabilizado para os futuros da oleaginosa em Chicago nesta 3ª feira (08), onde os agentes aguardam os novos números do USDA, porém seguem de olho no mercado climático na América do Sul. O vencimento ZSF23 (jan/23) recuou 0,26% e fechou a sessão regular cotado em US$ 14,47/bu.
Agrifatto