Cadê a boiada?
Demanda forte e oferta reduzida impulsionam os preços no físico refletindo em euforia na B3.
Boi gordo
Na última sexta-feira (06/09), o mercado físico do boi gordo apresentou estabilidade nos preços. O principal destaque foi o Tocantins, que teve uma valorização diária de 0,78%, com o boi gordo cotado a R$ 222,47/@. O Pará foi o único estado a registrar queda, com recuo de 0,14%, fechando o dia a R$ 245,50/@. Na B3, o cenário foi de euforia, com os contratos de out/24 a jan/25 atingindo as suas máximas, em evidência o contrato com vencimento em jan/25, com valorização diária de 0,82%, ficando cotado a R$ 264,75/@. O contrato com vencimento mais próximo, set/24, avançou 1,09% no dia, encerrando a semana a R$ 250,70/@.
O mercado físico do boi gordo manteve seu viés de alta ao longo da semana, impulsionado pela maior demanda por carne bovina no início do mês, intensificada pelo feriado da Independência do Brasil, celebrado no sábado. Com a oferta limitada de animais terminados, a média semanal das escalas de abate na média Brasil atingiu 7 dias úteis, demonstrando estabilidade no comparativo semanal, no entanto, com o sentimento de que possa recuar ainda nos próximos dias. Dado o clima seco e a menor disponibilidade de animais a pasto, espera-se que essa tendência de alta continue ao longo do mês, sustentada por uma forte demanda.
Milho
A demanda impõe seu ritmo e o cereal encerra a semana em valorização diária de 0,45% em Campinas/SP, deixando a saca do cereal na casa dos R$ 62,17/sc, avanço de 2,6% em relação à última sexta e a maior cotação dos últimos 115 dias.
Na B3, os futuros de milho registraram pequenos ganhos ao longo da última sexta-feira. Mesmo com a queda das cotações da commodity em Chicago, a valorização do dólar frente ao real, aliada à firmeza dos preços domésticos do cereal, impulsionou o movimento positivo na bolsa brasileira. O contrato para setembro/24 (CCMU24) encerrou o pregão regular de 06/09 cotado a R$ 62,77/sc, com uma alta diária de 0,34%.
Apesar do USDA ter divulgado que as vendas de milho dos EUA para 2024/25 alcançaram 1,822 milhão de toneladas, superando as estimativas de mercado, a desvalorização dos futuros de trigo e de todo complexo soja na CBOT pressionou os futuros de milho. O contrato dezembro/24 (CZ24) variou -1,10% e terminou a sexta-feira (06) cotado a US$ 4,06/bu.
Soja
Equilibrando entre queda internacional e dólar firme, o mercado brasileiro da oleaginosa registra acomodação no último dia da semana. Em Paranaguá/PR a commodity recuou 0,11% no comparativo diário e terminou valendo R$ 140,50/sc.
Quedas superiores a 1% marcaram os futuros do grão de soja na última sexta-feira na Bolsa de Chicago, refletindo principalmente a queda nos preços futuros do óleo de soja, além do movimento negativo no farelo. Ainda na sexta-feira, o USDA reportou que as vendas da oleaginosa norte-americana para 2024/25 atingiram 1,659 milhão de toneladas até a semana encerrada em 29/08, dentro da faixa esperada pelo mercado. O contrato para novembro/24 (ZSX24) recuou 1,81%, fechando a 6ª feira cotado a US$ 10,05/bu.