Mercado físico do boi gordo pressionado no curto prazo
Frigoríficos suspendem compras e arroba cai, mas exportações fortes e menor oferta de fêmeas podem sustentar o mercado no segundo semestre.
Boi gordo 
Apesar das oscilações mistas entre as praças pecuárias, na média brasileira a arroba finalizou o dia em queda. Os destaques ficaram para o Mato Grosso do Sul, que avançou 0,21% na comparação diária, sendo precificada a R$ 309,68/@, e para o Paraná, que recuou 0,81%, sendo cotada a R$ 304,50/@. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário pessimista, exceto o vencimento em dezembro de 2025. O contrato com vencimento em julho de 2025 caiu 0,55% na comparação diária, sendo negociado a R$ 310,00/@, enquanto o contrato com vencimento em dezembro de 2025 avançou 0,25%, sendo negociado a R$ 337,20/@.
O mercado do boi gordo segue pressionado, com quedas na arroba em seis praças e frigoríficos afastados das compras diante da resistência dos pecuaristas. A oferta vem sendo suprida por contratos a termo e boi confinado. Apesar disso, as escalas seguem curtas, e o médio prazo ainda inspira otimismo com exportações aquecidas, menor oferta de fêmeas e possível recuperação do consumo interno.
Milho 
No mercado interno, o milho encerrou a última terça-feira (08) em queda, com a saca na praça de referência de Campinas/SP recuando 0,14 %, para R$ 63,35. Na B3, com o avanço da colheita da safrinha, a oferta vem aumentado e com ela o gargalo logístico que pressiona ainda mais as cotações. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25) encerrou o pregão regular cotado a R$ 62,24 por saca, com acréscimo de 1,02% em relação ao dia anterior.
Em Chicago, as cotações do cereal seguem pressionadas pelo anúncio de tarifas recíprocas dos EUA contra alguns parceiros comerciais importantes, como Japão e Coreia do Sul, países que estão entre os principais compradores do milho norte-americano. O contrato de maior liquidez, com vencimento em julho/25 (ZCN25), encerrou o dia com recuo de 1,67%, cotado a US$ 4,11 por bushel.
Soja 
No mercado interno, a soja permanece sem grandes alterações e a referência de Paranaguá/PR registrou leve queda de 0,29% na terça-feira (08), encerrando o dia com a saca negociada a R$ 135,28. O dólar recuou na B3 e o contrato com maior liquidez, agosto/25 (DOLQ25), fechou o pregão cotado a R$ 5,470, com queda de 0,81%.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja recuaram diante da escalada nas tensões comerciais, após Donald Trump confirmar que novas tarifas recíprocas entrarão em vigor em 1º de agosto, sem extensão. A frustração com a ausência das compras chinesas e o clima positivo para as lavouras nos EUA reforçaram a pressão negativa sobre os preços. O contrato com vencimento em julho/25 (ZSN25) apresentou recuo de 0,73%, encerrando o dia cotado a US$ 10,24 por bushel.