Pessimismo vai persistir em Chicago?
Futuros de soja e milho iniciam a semana em território negativo diante das melhores condições de clima para a América do Sul no curto prazo e demanda mais enfraquecida por grãos norte-americanos
Milho
O mercado interno do milho segue aquecido, com players muito ativos contribuindo para manter o preço do grão no patamar acima dos R$ 70,00/sc em Campinas/SP. A combinação de colheita do milho verão iniciada concomitante ao plantio do milho 2ª safra, refletindo também as chuvas previstas para o Brasil no curto prazo, levou os futuros de milho a acumularem perdas neste início de semana na B3, especialmente os vencimentos mais distantes. O contrato mar/24 (CCMH24) desvalorizou 2,32% e fechou o pregão regular de segunda-feira (08) cotado em R$ 75,51/sc.
A forte desvalorização dos futuros de trigo na CBOT nesta segunda-feira e o cenário de oferta de milho a nível global se sobressaindo frente à demanda, fizeram com que os futuros de milho registrassem quedas superiores a 1% em Chicago. O contrato mar/24 (CH24) retrocedeu 1,25% e encerrou a sessão diurna de 2ª feira (08) cotado em US$ 4,55/bu.
Boi Gordo
O mercado físico sentiu a pressão baixista neste começo de semana e registrou queda em todos os estados acompanhados. Com as escalas de abate confortáveis e o escoamento doméstico comedido, mesmo após o recebimento dos salários, os pecuaristas encontram dificuldades para negociar com os frigoríficos, que resistem em pagar a mais pela arroba. Em São Paulo, a queda na cotação do boi gordo foi de 0,8%, com o animal sendo negociado a R$ 243,50/@. Na B3, em oposição ao mercado físico, todos os contratos tiveram ajustes positivos. O vencimento para jan/24 registrou alta de 0,77%, ficando cotado a R$ 248,50/@.
Quanto às exportações de carne bovina in natura, após fechar 2023 com um volume recorde, a primeira semana de jan/24 trouxe os maiores números para o período dos últimos 4 anos, com um volume de 49,8 mil toneladas embarcadas nos primeiros quatro dias úteis do ano. O preço médio pago por tonelada seguiu estagnado, próximo aos US$ 4,52 mil/t, registrando um recuo de 7,44% no comparativo anual.
Soja
A soja no doméstico segue o ritmo de perdas na CBOT e continua a cair, tendo em vista que a relação de oferta e demanda segue desequilibrada, encerrando essa segunda-feira na casa dos R$ 135,00/sc em Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja estenderam o movimento de queda observado ao longo das últimas sessões em Chicago. Além da melhora das chuvas para importantes áreas do centro-norte do Brasil no curto prazo, a maior demanda esperada pela soja norte-americana neste período do ano não está se fazendo presente. Neste sentido, o contrato mar/24 (ZSH24) oscilou -0,86% e finalizou a sessão regular de 08/01 cotado em US$ 12,46/bu.
