Milho
A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgou ontem (08/jan) seu novo boletim de oferta e demanda, revisando para cima a sua previsão de colheita total de milho nesta temporada.
No relatório atual, calcula-se produção de 98,71 milhões de toneladas (reajuste positivo de 0,3% ante os 98,41 milhões de tons projetados em dezembro/19).
Para a safra de verão, a Companhia espera expansão de 1,1% da área cultivada, somando 4,14 milhões de hectares. A maior área semeada combinada com maior produtividade, devem levar a ganho de 3,8% da produção total, somando 26,6 milhões de toneladas.
Já a área cultivada na safrinha ainda não está definida, segundo a Conab, a incerteza acontece pelo atraso do plantio da soja e pela desuniformidade das chuvas. Esse cenário amplia a possibilidade de uma 2º safra com janela ideal de plantio mais curta, assim como mantém cenário de risco para os preços neste ano.
Por fim, os estoques finais devem ser os menores desde a safra 2012/13, em 9,1 milhões de toneladas – um importante fator de sustentação aos preços.
Boi gordo
Ontem (08), as negociações continuaram lentas, como foi observado desde o início desta semana, mantendo o valor da arroba praticamente estável e orbitando a faixa dos R$ 200,00/@ nas praças paulistas.
A ponta compradora segue atenta ao fluxo de comercialização da carne bovina, principalmente nesta segunda quinzena do mês, a fim de evitar ônus nos estoques.
As escalas médias de abate em Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso estão com as programações girando em torno dos 5 úteis.
Enquanto isso, em Minas Gerais e Tocantins as indústrias trabalham com aproximadamente 4 e 3 dias úteis, respectivamente.
Ontem (07), o indicador Cepea/Esalq fechou cotado a R$ 196,70/@ – avanço de 0,05% na comparação diária, com máxima e mínima registradas em R$ 204,95 e R$ 191,12/@, respectivamente.
Na B3, o contrato de janeiro encerrou a terça-feira (08) a R$ 195,70/@ – queda de R$ 0,70 na variação diária.
Soja
A Conab estima crescimento de 2,6% da área cultivada com a soja na safra 2019/20, totalizando 36,79 milhões de hectares, e estimativa de produção de 122,2 milhões de toneladas.
Neste novo boletim, a produção foi revisada em 0,9% para cima (ante a previsão anterior em 121,09 milhões de tons). Além disso, a projeção da Conab indica uma produção 4,3% maior frente a safra 2018/19, quando o país colheu 115,03 milhões de toneladas.
A Conab informou ainda que está revisando outros números que compõem o balanço de oferta e demanda da soja.
Por enquanto, o indicador da soja levantado pelo CEPEA segue sustentado, o último fechamento ficou em R$ 88,13/sc – alta de 0,12% na comparação diária.
As atenções continuam voltadas para novos desdobramentos entre EUA e China e a possível assinatura da ‘Fase 1’ do acordo comercial na próxima semana.
Por enquanto, os reportes são de movimentações aquecidas nos portos brasileiros para o mercado asiático, sustentando os prêmios brasileiros.