Milho
Apesar de variações relativamente tímidas neste início da semana (08.abr), os preços futuros do milho iniciam o pregão com acomodações, com os contratos de maio e setembro recuando 0,07 e 0,10 pontos, respectivamente.
Além disso, os contratos aproximam seus valores, com o vencimento para maio precificado em R$ 35,73/sc e o setembro com parcial em R$ 34,15/sc.
E amanhã, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgará seu novo boletim de oferta e demanda, o que pode gerar volatilidade aos preços. Neste sentido, o foco do mercado volta-se cada vez mais para as condições de clima dos EUA, já que atrasos no início da temporada diminuem período hábil para redirecionar áreas de soja para o milho.
No Brasil, o clima também continua no radar, com os mapas climáticos apontando para chuvas fortes ao longo desta semana. O período de instabilidade deve se estender por grande parte do território brasileiro, incluindo o MT, TO, GO, SP e SC.
As fortes chuvas neste início de outono atrasam os trabalhos de colheita da soja, e além disso, começam a colocar no radar impactos negativos sobre a safrinha, com o risco de ampliar a ocorrência de grãos avariados.
Boi gordo
Com avanços mais intensos da arroba em São Paulo, diferenciais de base se alongam nas principais praças pecuárias.
As boas condições de pastagens permitem aos pecuaristas realizar a venda de animais de forma compassada e, os prejuízos causados pelo veranico de dezembro e janeiro, permitem avanços da arroba.
No Mato Grosso do Sul, a arroba à vista está cotada em R$ 142,00/@ e, entre janeiro e abril, o diferencial médio (base SP) passou de -7,68 para -9,43%. Já no Mato Grosso, as indicações estão em R$ 136,00/@ e o diferencial passou de 11,96 para 13,25% no mesmo período.
Na sexta-feira (05/abr), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 159,10/@, alta de 0,25% no comparativo diário. Os fechamentos estão nos maiores patamares nominais desde abril/2016.
No mercado futuro da B3, o vencimento abril avançou 0,16% e fechou a R$ 156,40/@. Já os vencimentos maio e outubro encerraram o dia a R$ 154,25/@ (+0,19%) e R$ 158,50/@ (+0,19%), respectivamente.
No atacado, a carcaça casada bovina subiu 0,87% no comparativo diário e fechou a última semana a R$ 10,41/kg.
Soja
É comum os preços futuros da soja em Chicago registrarem alívio antes da divulgação de novos relatórios do USDA, já que projeções muito diferentes daquelas esperadas pelo mercado geram maior volatilidade aos preços.
Mas apesar da divulgação de novo boletim amanhã, as cotações na CBOT sobem ao redor de 2,25 pontos. A movimentação ainda é bastante técnica, com os preços futuros tentando romper resistência gráfica.
Neste sentido, a expectativa fica para o impacto do clima sobre as lavouras norte-americanas, já que o período ainda úmido, torna mais difícil a ampliação de áreas com o milho – a janela de plantio com o cereal é menor ante o período de semeadura da soja.
O que pode colaborar para expandir os já inflados estoques de soja nos Estados Unidos.
Com Chicago em alta e o dólar subindo para R$ 3,87, o mercado físico brasileiro pode se aquecer neste início de semana. Embora os prêmios nos portos continuem resistentes em buscar patamares mais altos – balizando-se em US$ 0,40/bushel para os embarques do 1º semestre.
Cotações parciais
Boi gordo
Abr/19: 156,20 / 0,00
Mai/19: 154,75 / 0,45
Jun/19: 153,90 / 0,00
Jul/19: 154,05 / 0,00
Out/19: 158,50 / 0,00
Milho
Mai/19: 35,73 / -0,07
Jul/19: 33,50 / 0,00
Set/19: 34,15 / -0,10
Nov/19: 36,49 / 0,00
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 19,92 / 0,00
Jul/19: 20,05 / 0,00
Ago/19: 20,24 / 0,00
Soja – CBOT
Mai/19: 889,75 / 1,75
Jul/19: 903,50 / 1,75
Ago/19: 909,50 / 2,00
Set/19: 914,25 / 1,75
Dólar comercial: 3,87
Dólar Futuro
Mai/19: 3878,00 / -0,50
Jun/19: 3937,00 / 0,00
Jul/19: 3928,50 / 0,00