Milho
Há relatos de maior demanda de milho para exportação, com as indicações subindo 5,00% no porto de Paranaguá/PR nos últimos 15 dias, passando de R$ 36,07 para R$ 37,90/sc na última parcial levantada pelo CEPEA.
No porto de Rio Grande/RS a demanda também avança, com referência ao redor de R$ 38,50/sc. Mas a chegada de maior volume de soja nos portos pode mudar o foco dos embarques para a oleaginosa.
Além das exportações e da alta do câmbio colaborando para firmeza dos valores do milho no físico, o forte período de estiagem nesta safra reduziu substancialmente o potencial de suporte das pastagens.
E sem alternativas para terminação dos bovinos, há regiões onde avança a necessidade de sistemas intensivos de engorda. É neste cenário que a necessidade pelo milho também deve continuar firme.
O último indicador do CEPEA fechou em R$ 39,56/sc, com ajuste diário de 0,93%. Mas vale destacar que ainda acumula alta de 1,75% nos últimos 15 dias. E valores sustentados também se registram nos outros estados produtores.
Boi gordo
Os volumes de chuva abaixo da média histórica em dezembro e janeiro limitam a disponibilidade de animais terminados neste início de 2019, sustentando as cotações no mercado físico.
Em São Paulo, por exemplo, os índices pluviométricos de dezembro e janeiro ficaram 41,2 e 73,5% abaixo da média histórica dos últimos 10 anos. Esse cenário, em diferentes proporções, se repetiu nos principais estados pecuários.
Nessa perspectiva, a oferta de pastagens foi comprometida, dificultando a engorda e terminação de animais a pasto.
Outra consequência da ausência de chuvas, é a possibilidade de um volume maior de fêmeas “vazias” após a estação de monta e, consequentemente, uma maior participação desta categoria nos abates.
Na média dos estados levantados pela Agrifatto, as escalas seguem curtas e estão em 5,7 dias. Em São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, estão próximas a 6,5 dias.
Ontem (07/fev), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 149,10/@, queda diária de 2,10%. Na B3, o vencimento para fevereiro subiu 0,25 e fechou a R$ 151,25/@ (+0,17%).
Ainda no mercado futuro, os vencimentos maio e outubro encerraram o dia a R$ 150,45/@ (-0,17%) e R$ 157,20/@ (+0,22%), respectivamente.
No atacado, a carcaça casada bovina avançou 0,39% no comparativo diário e está cotada a R$ 10,27/kg.
Soja
Os futuros da soja em Chicago fecharam em baixa no pregão de ontem (08.fev), trata-se especialmente de um movimento para se proteger de possíveis surpresas pela divulgação do relatório do USDA na tarde de hoje.
Além do relatório do Departamento de Agricultura dos EUA, a disputa comercial entre EUA e China também continua no radar.
Por enquanto, as negociações ainda parecem distantes de uma resolução no curto prazo, com novas informações pelo diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, em que afirma que as negociações têm ainda um caminho considerável para percorrer.
Vale destacar que enquanto continuar a retórica comercial, o Brasil tem maiores oportunidades de ampliar seus volumes embarcados, reflexos nos prêmios nos portos, que por sua vez, pressionam as cotações domésticas.
Neste sentido, o prêmio para embarque em março/19 pelo porto de Paranaguá fechou em campo positivo na véspera, com última parcial em US$ 0,53/bushel.
Por fim, o último fechamento do CEPEA fechou em R$ 77,09/saca (ajuste negativo de -0,14%). A máxima mais recente para o indicador da Esalq fica em R$ 78,13/sc, alcançado ao final de janeiro.
Cotações parciais
Boi gordo
Fev/19: 151,15 / 0,00
Mar/19: 151,00 / 0,00
Abr/19: 151,35 / 0,00
Mai/19: 150,45 / 0,00
Out/19: 156,85 / 0,00
Milho
Mar/19: 40,99 / -0,07
Mai/19: 38,65 / -0,15
Jul/19: 35,90 / 0,00
Set/19: 35,38 / -0,02
Soja – B3
Mar/19: 22,12
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 20,19 / 0,07
Mai/19: 20,43 / 0,00
Jul/19: 20,75 / 0,00
Soja – CBOT
Mar/19: 915,00 / 1,50
Mai/19: 929,00 / 1,75
Jul/19: 942,75 / 1,75
Ago/19: 948,00 / 1,75
Dólar comercial: 3,72
Dólar Futuro
Fev/19: 3729,00 / 6,50
Mar/19: 3725,00 / 0,00
Abr/19: 3733,81 / 0,00