Milho
Os preços futuros voltaram a ganhar fôlego nesta semana, com os contratos futuros já abrindo o pregão hoje (08) em campo positivo.
O contrato para janeiro/20 avança 0,10 pontos, renovando suas máximas e com parcial nesta manhã em R$ 44,85/sc. A alta semanal acumula-se em 3,47%.
O vencimento para março/20 valoriza-se em 20 pontos, com parcial em R$ 44,90/sc – também o maior valor já negociado para este contrato.
As altas acontecem na esteira de fortalecimento do dólar e de revisões positivas para o indicador do CEPEA.
Na comparação semanal, o indicador da Esalq subiu 1,22%, com último levantamento em R$ 42,48/sc (trata-se do maior valor desde o início deste mês).
No mesmo período, o dólar subiu 2%, passando de R$ 4,02 ao final de outubro, com último fechamento em R$ 4,10/US$.
Nesta manhã (08), novas altas para o câmbio, subindo 0,50% com parcial em R$ 4,12 –maior valor desde o dia 21 de outubro/19.
Boi gordo
A arroba do boi gordo passou por novos reajustes positivos ao longo dessa semana, atingindo patamares recordes em termos reais.
A oferta restrita de animais prontos para abate continua ditando o movimento altista, e combinado ao avanço das exportações, o cenário pode permitir novos avanços no curto prazo.
Aliás, as escalas de abate em boa parte das praças analisadas pela Agrifatto trabalham mais encurtadas.
São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais estão com as programações de abate em 5,0, 4,0 e 3,5 dias úteis, respectivamente.
A exceção ocorre em Goiás, que demonstra maior conforto em comparação as outras regiões, girando em torno de 7 dias úteis.
Ontem (7), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 178,50/@ – alta de 0,59% no comparativo diário, com máxima registrada em R$ 184,66/@.
Soja
O departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgará seu novo relatório de oferta e demanda.
Espera-se que a produtividade passe por ajustes negativos, caindo de 3.154 toneladas para 3.134 toneladas por hectare.
Portanto, a produção projetada também pode ser revista, com as 96,62 milhões toneladas registradas no último relatório, passando para 95,60 milhões de toneladas.
As negociações continuam lentas no ambiente doméstico, no mercado spot as negociações travadas acontecem pela baixa disponibilidade da matéria-prima. Para negociações futuras, as incertezas sobre o rendimento da safra 2019/20 também esfriam as negociações.
Vale ficar atento as recentes valorizações cambiais, pelo seu potencial de reajustar para cima o equilíbrio de preços da oleaginosa.