Chineses aceitam pagar mais
Com força do Yuan e início dos preparos para o fim de ano, chineses aceitam pagar mais no dianteiro bovino.
Boi gordo
O mercado físico encerrou a quarta-feira (07/08), apresentando movimentações distintas. De um lado, os frigoríficos mantém a estratégia de compras compassadas, adquirindo apenas o suficiente para atender às programações devido ao volume significativo de contratos a termo. Por outro lado, o pecuarista consegue manejar a oferta e manter o preço firme, dosando as vendas em pequenos lotes. Com essas variações pelo país, a média brasileira da arroba ficou cotada em R$ 218,06, apresentando um “tímido” incremento de 0,05% na comparação diária. Na B3, todos os contratos tiveram ajustes positivos, com o vencimento para set/24 cotado a R$ 239,95/@, um incremento de 0,27% na comparação diária.
No mercado internacional da carne bovina, as compras chineses se tornaram mais fluidas e apresentaram uma demanda um pouco mais forte, devido à valorização do yuan frente ao dólar, que tem desempenhado um papel importante, melhorando o ânimo dos importadores chineses. Dessa forma, os negócios de carne bovina com destino à China demonstraram uma valorização de 4,60%, com a referência para o dianteiro bovino brasileiro ficando em US$ 4.550/t e com viés de alta.
Milho
O mercado doméstico resiste à pressão internacional e sustenta a referência de preços em Campinas/SP nos R$59,50/sc. Movimentações no campo misto foram observadas para os futuros de milho nesta quarta-feira na B3, ponderando a continuidade de queda das cotações da commodity na CBOT e da taxa de câmbio no Brasil. O contrato para setembro/24 (CCMU24) oscilou -0,35% e finalizou o pregão regular de 07/08 cotado a R$ 60,11/sc.
Quedas superiores a 1% marcaram os futuros de milho durante a última quarta-feira em Chicago, reagindo à desvalorização dos futuros de trigo e à expectativa de uma oferta robusta de milho nos EUA em 2024/25. O contrato de milho para setembro/24 (CU24) variou -1,41% e encerrou a sessão diurna de 07/08 cotado a US$ 3,83/bu.
Soja
A referência de Paranaguá/PR recua para R$138,00/sc diante da queda do dólar e de Chicago.
Os futuros do grão de soja acumularam novas perdas ao longo da última quarta-feira na Bolsa de Chicago. Apesar da forte alta do óleo de soja e do petróleo WTI, a queda do farelo e a possibilidade de um ajuste positivo para a oferta de soja nos EUA em 2024/25, no próximo relatório WASDE de 12/08, contribuíram para o movimento negativo das cotações na CBOT. O contrato futuro de soja para novembro/24 (ZSX24) recuou 0,78% e terminou a sessão regular de 07/08 cotado a US$ 10,19/bu.