Pós feriado em Chicago
No retorno do feriado nos EUA, os grãos iniciam a semana em baixa com pressão do dólar e novas tensões comerciais
Milho
No mercado interno, o milho iniciou a semana ainda em baixa, com a saca na praça de Campinas/SP registrando uma queda de 0,95%, sendo negociada a R$ 63,44. Já na B3, o vencimento com maior liquidez, julho/25 (CCMN25), fechou o pregão regular cotado a R$ 61,72 por saca, com uma leve alta de 0,18% em relação ao dia anterior. O mercado reagiu ao aumento das alíquotas de exportação na Argentina, o que pode levar parte da demanda a ser redirecionada para o Brasil.
Em Chicago, o milho iniciou a semana em queda diante de novos desdobramentos nas tensões comerciais, com os Estados Unidos anunciando novas taxações no comércio internacional. O contrato julho/25 (ZCN25) caiu 3,13%, cotado a US$ 4,18 por bushel.
Boi gordo
Com dificuldade em sustentar os ajustes positivos, a cotação do boi gordo iniciou a semana em queda em todas as praças monitoradas, com exceção do Paraná, que se manteve estável. O destaque ficou para Rondônia, que recuou 0,86% na comparação diária, sendo precificada a R$ 271,08/@. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão com oscilações entre os contratos. O contrato com vencimento em ago/25 caiu 0,25% na comparação diária, sendo negociado a R$ 318,05/@. Já o contrato com vencimento em dez/25 avançou 0,61%, sendo negociado a R$ 336,35/@.
As exportações de carne bovina têm registrado um bom desempenho em 2025. O primeiro semestre do ano foi recorde em volume exportado, com 1,54 milhão de toneladas de carne bovina embarcadas, 13,53% acima do registrado em 2024, sendo o semestre com o maior volume de carne bovina exportado na história. O preço médio por tonelada exportada é o segundo melhor da história, ficando 14,0% abaixo do registrado em 2022, quando atingiu US$ 5.519 por tonelada. Nesta primeira semana do segundo semestre, o preço médio da tonelada exportada manteve o viés de alta pela 16ª semana consecutiva, sendo negociado a US$ 5,54 mil por tonelada.
Soja
No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR encerrou a última segunda-feira (07) com uma desvalorização de 0,36%, com a saca negociada a R$ 135,68. Apesar da alta do dólar, as negociações refletiram o movimento do mercado internacional.
Na Bolsa de Chicago, o mercado retomou as negociações em baixa após o feriado, refletindo o clima favorável nas regiões produtoras dos Estados Unidos. Além disso, as incertezas sobre a guerra tarifária e a valorização do dólar contribuiu para a pressão sobre os contratos, já que reduz a competitividade das exportações norte-americanas no mercado internacional. O contrato julho/25 (ZSN25) encerrou com baixa de 2,32%, cotado a US$ 10,31 por bushel.