Milho

O clima seco no Rio Grande do Sul aumenta os temores de perdas naquele estado, com o maior risco no radar pressionando para cima os valores do cereal.

Além do temor com perdas no estado gaúcho, as atenções podem ficar voltadas para a soja, na medida em que avança a colheita do grão, outro fator de sustentação aos preços do milho no curto prazo.

O fato é que o ano começou com valores firmes, com propostas de venda em R$ 41,00/sc no Mato Grosso do Sul (FOB), enquanto a ponta compradora resiste em pagar valores acima de R$ 40,00/sc. Para a safrinha, a indicação no MS fica ao redor de R$ 31,00/sc (retirada em agosto e pagamento no mês seguinte).

No sul de Goiás, a disputa de braço tem valores em R$ 43,00/sc pela ponta vendedora, frente indicações em R$ 40,00/sc pelo lado comprador (retirada imediata e pagamento a prazo). Para a safrinha, os valores rondam os R$ 31,50/sc.

Por fim, a Conab divulgou hoje (08/jan) o seu novo relatório mensal de oferta e demanda, com a estimativa de produção total sendo ajustada para 98,71 milhões de toneladas (queda de 1,3% ante a safra anterior).

Boi gordo

As negociações no mercado físico seguem lentas, demonstrando a cautela da indústria em adquirir matéria-prima, visto que o consumo interno de proteína bovina tende a ficar comprometido pelo menor poder aquisitivo da população neste início de ano.

Outro ponto importante é que muitos pecuaristas seguem afastados de novas vendas, diminuindo assim a oferta de boiada disponível.

A carcaça casada no atacado paulista vem passando por ajustes negativos, cotada em torno de R$ 13,50/kg – baixa aproximada de 2,46% ante a semana anterior.

Ontem (07), o indicador Cepea/Esalq fechou cotado a R$ 196,60@ – avanço de 0,10% na comparação diária, com mínima e máxima registradas em R$ 188,60 e 201,90/@, respectivamente.

Na B3, o contrato de janeiro encerrou a terça-feira (07) a R$ 196,40/@ – queda de R$ 2,50 na variação diária.

Soja

A relação EUA e China continua contagiando as cotações em Chicago, já que existem dúvidas sobre avanços das negociações que poderão levar a assinatura da ‘Fase 1’ de um acordo comercial na próxima semana.

Entre os pontos mais esperados nesta primeira fase de negociações, está a confirmação se a China se comprometerá em ampliar suas compras de produtos agrícolas norte-americanos – fator com maior potencial de alteração dos preços globais.

Além disso, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), deve divulgar o seu novo relatório mensal de oferta e demanda na próxima sexta-feira (10/jan). A expectativa pelo novo reporte diminui o apetite ao risco em Chicago, que mostram um predomínio de ajustes negativos de suas cotações nesta semana.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (08/jan) seu novo relatório mensal de oferta e demanda, com a projeção para a produção de soja sendo ampliada para 122,22 milhões de toneladas (alta de 6,3% ante a temporada anterior).