Milho

O indicador do CEPEA da última semana seguiu sua trajetória altista, o reajuste positivo de 0,60 p.p. subiu a referência da Esalq para R$ 39,97/sc, trata-se do maior valor desde 14 de março deste ano.

As revisões dos preços no mercado físico acontecem pelo aquecimento da ponta compradora, fazendo com que agricultores se voltem ao mercado e fechem novas vendas.

Além disso, as altas continuaram em algumas praças apesar das expressivas quedas para o dólar, o câmbio fechou a última semana em R$ 4,05 – o menor valor em quase dois meses.

No sul do Mato Grosso, foi reportado negociações para retirada imediata e pagamento no próximo mês por R$ 28,00/sc (FOB).

Já em Paranaguá, a queda do dólar fez com que as indicações perdessem o suporte em R$ 40,00/sc, com novas propostas orbitando R$ 39,00/sc.

Por fim, o Ministério da Economia deve divulgar nesta tarde as exportações no início de outubro, com expectativa de manutenção dos volumes registrados nas últimas semanas.

Boi gordo

A carcaça casada bovina no atacado também mantém sua trajetória altista, movimento registrado desde a última semana de julho, acumulando alta de 6% desde então.

A média para a carcaça casada bovina no estado de São Paulo encerrou a semana em R$ 10,75/kg.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq – USP), os preços da arroba do boi gordo e do quilo da carcaça casada atingiram o maior valor nominal da série histórica do mês de setembro.

No último mês, a média nominal do boi gordo na capital paulista foi de R$ 158,10/@, alta de 2,53% ante agosto/19, e avanço de 3,22% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já a média da carcaça casada bovina foi cotada em R$ 10,73/kg, retornando aos maiores patamares desde março deste ano.

O spread (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo), iniciou o mês negativo, fechando a primeira semana de outubro em -0,38%.

Na sexta-feira (04/set), o indicador Esalq/B3 fechou a R$ 160,30/@, alta de 0,28% na comparação diária, com as máximas registradas em R$ 167,84/@.

Soja

Nesta semana, devem acontecer novas rodadas de negociações entre EUA e China, marcadas para os próximos dias 10 e 11/out, em Washington.

Neste sentido, um acordo final ainda parece distante entre os dois países, mas as recentes compras chinesas alimentam certa perspectiva otimista para a disputa sino-americana.

A menor tensão entre os dois países pressiona negativamente os prêmios nos portos brasileiros, e combinado com a queda do câmbio, as indicações encerraram a última semana em patamares menores.

Em Paranaguá, os valores caíram 0,3% no período, com indicações em R$ 86,40/sc. Em Rio Verde/GO, os valores recuaram 0,21% para R$ 77,70/sc.

Por fim, as previsões climáticas indicam chuvas para a região central do Brasil nos próximos dias, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, em grande parte do Pará e também para a região sudoeste de Goiás.

Nos próximos dias, os acumulados podem variar entre 20 e 40 mm nessas regiões, ampliando a disponibilidade de água nos solos e gerando maior otimismo para o desenvolvimento da soja.