Milho

Passado o período de carnaval, as negociações devem retornar gradualmente ao centro da mesa. Por enquanto, as referências para o cereal são praticamente mantidas – o último indicador do CEPEA foi reajustado em 0,58% para cima, com fechamento em R$ 41,84/sc.

Além disso, o Centro de Estudos em Economia da Esalq, também divulgou análise ontem (06.mar) sobre o mercado do cereal.

A nota destaca as cotações firmes deste insumo, com a baixa disponibilidade doméstica e as exportações aquecidas gerando pressão positiva. Neste cenário, a ponta consumidora acaba precisando pagar valores mais altos para conseguir originar o cereal.

Ademais, o CEPEA comenta sobre a influência do clima, com as chuvas recentes prejudicando os trabalhos em campos em algumas regiões, ao mesmo tempo em que auxilia o desenvolvimento de parte das lavouras.

Neste sentido, o Imea também trouxe informações para o MT, onde a janela ideal para a semeadura da safrinha encerrou-se na última semana de fevereiro. Entretanto, estima-se que 95,85% da área tenha sido cultivada dentro do período ideal.

O ritmo acelerado nesta temporada foi recorde na série histórica do MT, apontando para lavouras conseguindo se desenvolver de modo satisfatório nos próximos meses.

Boi gordo

Em semana mais curta devido ao feriado de Carnaval, ritmo de negócios no mercado físico deve seguir lento e com preços firmes.

Nos estados levantados pela Agrifatto, as escalas de abate estão entre 4 e 5 dias. A situação pode se agravar, caso a indústria não originar um volume considerável de animais entre hoje e amanhã.

O pagamento dos salários no início deste mês pode impulsionar o consumo interno no curto prazo. E as exportações, que representam aproximadamente 20% da carne produzida, devem auxiliar no escoamento do atacado, permitindo preços firmes nos próximos dias.

Os embarques de carne bovina in natura registraram um novo recorde para o mês de fevereiro, com 115,5 mil toneladas, volume 17,37% maior que fevereiro/18 e avanço de 12,79% ante mês anterior.

Ontem (06/mar), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 150,30/@ (+0,17%). No mercado futuro da B3, os contratos com vencimento em março e maio encerraram o dia a R$ 152,20/@ (+0,17%) e R$ 150,50/@ (0,03%), respectivamente.

Soja

O dólar fechou ontem (23.mar) com forte avanço, subindo 1,72% e com fechamento em R$ 3,84 – alcançando o maior patamar deste ano. Já nesta manhã, parte dos ganhos são devolvidos, com última parcial ao redor de R$ 3,82.

O fato é que o dólar em níveis relativamente mais altos podem estimular novas negociações com o grão, além de compensar prêmios e Chicago em patamares menores.

As atenções também se mostram voltados aos trabalhos em campo, com o último relatório do Imea atualizando a proporção colhida para 80,33%. Neste mesmo período do ano passado, a relação ficava em 58,30%.

De modo geral, os rendimentos em campo se mostram positivos, apesar das fortes chuvas recentemente. E a expectativa de colheita fica ao redor de 115 milhões de toneladas para a temporada 2018/19.

A referência do CEPEA no porto de Paranaguá fica em torno de R$ 78,15/sc (alta de 0,10% no dia).

Já em Chicago, as cotações esboçam reajustes nesta manhã (07.mar), subindo próximo a 0,50% e tentando recuperar a forte queda da véspera de 1,25%. A falta de informações consistentes sobre a relação comercial, além de anúncios contraditórios seguem como fator importante a precificação por lá.

Cotações parciais

Boi gordo
Mar/19: 152,00 / -0,20
Abr/19: 151,00 / 0,00
Mai/19: 150,70 / -0,15
Out/19: 156,70 / 0,00

Milho
Mar/19: 42,29 / -0,16
Mai/19: 39,52 / -0,07
Jul/19: 35,90 / 0,00
Set/19: 35,81 / 0,01
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 19,87 / 0,00
Mai/19: 20,19 / 0,00
Jul/19: 20,33 / 0,00

Soja – CBOT
Mar/19: 889,75 / 0,00
Mai/19: 906,50 / 4,50
Jul/19: 920,50 / 4,75
Ago/19: 927,00 / 5,00

Dólar comercial: 3,82

Dólar Futuro
Mar/19: 3823,50 / -21,50
Abr/19: 3832,00 / 0,00
Jun/19: 3809,00 / 0,00