Bate o sino, que é recorde
Exportações de carne bovina in natura superam os embarques de jul/25 e batem novo recorde em set/25.
Boi gordo
Mesmo durante a primeira quinzena de outubro, período em que o efeito do salário costuma dar mais fôlego ao consumo interno, o mercado físico do boi gordo segue estável, com pouca oscilação de preços e escalas de abate mantidas em média de 8 dias úteis. O movimento mostra um consumo doméstico mais contido, mesmo com a população capitalizada. Entre as praças monitoradas, o Paraná registrou a maior cotação do dia, a R$ 310,00/@, enquanto em São Paulo a arroba ficou em R$ 308,43 (+0,13% no dia). No mercado futuro, o cenário foi de leve recuo, com o contrato de out/25 negociado a R$ 311,10/@, queda de 0,59% no comparativo diário.
Setembro encerrou com um marco histórico para as exportações brasileiras de carne bovina. Foram embarcadas 315 mil toneladas de carne bovina in natura, novo recorde mensal que superou julho/25 em 13,7%. A média diária embarcada ficou em 9,99 mil toneladas, enquanto o preço médio da tonelada apresentou leve avanço, sendo negociada a US$ 5,62 mil. Com esse desempenho, a receita atingiu US$ 1,77 bilhão, crescimento de 48,56% em relação ao mesmo período de 2024.
Milho
A cotação do milho no mercado físico iniciou a semana com uma valorização de 0,25%, com a saca sendo negociada a R$ 64,93 em Campinas/SP. Na B3, as cotações refletiram o bom ritmo de exportações no Brasil, apesar de um cenário de ampla oferta. O contrato novembro/25 (CCMX25) encerrou o dia com uma alta de 0,58% em relação ao pregão anterior, cotado a R$ 66,36 por saca.
Em Chicago, mesmo sem as principais referências do USDA para alguns dados relevantes, o departamento divulgou nesta segunda-feira (06) os números de inspeções de exportação dos Estados Unidos, que indicaram bons volumes e sinalizaram uma demanda firme pelo cereal norte-americano. O contrato de dezembro/25 (ZCZ25) avançou 0,66% ao fim do pregão, fechando a US$ 4,21 por bushel.
Soja
No mercado interno, as cotações de soja do último dia 06/10 tiveram baixa de 0,23% frente ao dia anterior, com a saca negociada a R$ 135,92 na praça de Paranaguá/PR, refletindo a queda do dólar, que recuou de 0,54% na B3 e o contrato novembro/25 (DOLX25) fechou o pregão cotado a R$ 5,343.
Na Bolsa de Chicago, os contratos permaneceram praticamente estáveis diante da ausência de dados do USDA. Além disso, o mercado segue atento à possível concessão de um auxílio do governo dos Estados Unidos aos produtores de soja afetados pelas tarifas. O contrato de novembro/25 (ZSX25) recuou 0,02%, praticamente estável, finalizando o dia negociado a US$ 10,17 por bushel.