Câmbio e clima seco seguram o milho brasileiro
Dólar voltou a se valorizar frente ao real nesta terça-feira, e, aliado ao clima seco, manteve as cotações do cereal no Brasil em evolução.
Milho
Dia de valorização para o mercado físico de milho brasileiro, respaldado nas cotações internacionais e no câmbio. Em São Paulo, o cereal atingiu a casa dos R$ 65,50/sc, valorizando mais de R$ 1,00/sc em relação a segunda-feira. Na B3, o vencimento para novembro/20 variou 1,52% para cima, fechando a terça-feira cotado a R$ 68,75/sc.
Em Chicago, o contrato futuro para dezembro/20 se valorizou 1,45% no comparativo diário, atingindo os US$ 3,85/bu, o maior valor desde o dia 04/03/2020. A pressão adveio do fortalecimento do petróleo e também da escassez de chuvas no Brasil, que começa a pressionar a janela ideal de chuvas para o plantio de milho no país.
Boi gordo
O ambiente continua de firmeza no mercado de boi gordo, com os preços acelerando nas principais praças pecuárias. As programações de abate ainda são ajustadas, a média nacional gira em torno de 4,5 dias úteis. Em São Paulo, praça referência por ser um grande centro consumidor, as indústrias trabalham com 5,0 dias úteis e os preços que orbitam os R$ 255,00 e R$ 260,00/@.
Na B3, o dia foi marcado por ajustes técnicos nos contratos futuros após a disparada na segunda-feira (05). O outubro/20, contrato em vigência, encerrou a terça-feira (06) em R$ 261,00/@, queda diária de 0,34%. Já o janeiro/21, que havia alcançado o R$ 270,30/@ no início da semana, recuou e fechou cotado a R$ 264,45 (-2,16%).
Soja
Com o avanço de 0,61% do dólar frente ao real, fechando a terça-feira nos R$ 5,61, a soja brasileira seguiu firme no mercado físico, sendo negociada acima dos R$ 155,00/sc em grande parte dos portos brasileiros.
Antecipando a movimentação antes da divulgação do relatório de oferta e demanda que será divulgado pelo USDA, o vencimento da soja para novembro/20 subiu 2,20%, chegando aos US$ 10,44/bu. A expectativa de que os estoques norte-americanos recuem pressionou as cotações nos EUA além do clima seco no Brasil que tem prejudicado o andamento do plantio da soja em terras tupiniquins.
Agrifatto