Ração cara?
Com milho em alta e boi recuando, a relação de troca boi/milho fecha fev/25 no menor nível em sete meses.
BOI
Com a oferta de fêmeas se mantendo elevada, a pressão baixista se intensificou em algumas praças brasileiras nesta quinta-feira. Goiás se destacou com uma desvalorização de 0,97% ante o dia anterior e tem o boi gordo cotado a R$ 292,86/@. Rondônia encerrou o dia com queda de 0,82% e o animal cotado a R$ 262,33/@. Já na B3, o cenário positivo predomina, com a maior parte dos contratos no “verde”. O destaque vai para ago/25 que valorizou em 3,24% e fechou cotado a R$ 315,50/@.
O mês de fevereiro de 2025 para o boi gordo foi marcado por uma pressão negativa nos preços decorrente do excesso de oferta de fêmeas e pela demanda interna resistente aos preços mais elevados, com isso o pecuarista sentiu o recuo do seu faturamento. Não bastasse isso, o milho registrou forte alta nos preços e com isso, a relação de troca boi/milho recuou 6,87% na média nacional e atingiu 4,57 sc/@, o menor nível em sete meses. Caso o boi não acompanhe a alta do milho, o poder de compra do pecuarista deve continuar a ser prejudicado.
MILHO
No mercado interno, o milho segue sem freio, avançando mais 0,21% no último dia 06/03, com a saca sendo cotada em R$ 87,85. Impulsionados pela valorização das cotações na CBOT e pelo avanço do dólar em relação ao real, os contratos futuros de milho encerraram a quinta-feira em alta na B3. O contrato maio/25 (CCMK25) variou +0,37%, fechando o pregão regular de 06/03 a R$ 82,00/sc.
Após o presidente Trump anunciar nesta quinta-feira (06/03) o adiamento, até 02/abril, das tarifas sobre bens do México enquadrados no acordo EUA-México-Canadá (USMCA), os futuros de milho registraram importantes valorizações na Bolsa de Chicago. No mesmo dia, o USDA divulgou bons números de vendas semanais de milho dos EUA na temporada 2024/25, totalizando 909,1 mil toneladas até 27/02. O contrato maio/25 (ZCK25) avançou 1,81%, encerrando a sessão diurna de 06/03 a US$ 4,64/bu.
SOJA

No mercado doméstico, a soja encerrou o último dia 06/03 com valorização de 1,71%, com a saca cotada a R$ 135,72. Apesar do avanço da colheita, que vem pressionando as negociações nos últimos dias, os preços acompanharam as valorizações nos contratos futuros da oleaginosa.

Os futuros da soja em grão registraram novos ganhos na última quinta-feira em Chicago, influenciados pela alta dos derivados da oleaginosa e, principalmente, do milho na CBOT, após o adiamento das tarifas dos EUA sobre o México até 02/abril. Problemas logísticos no Brasil também contribuíram para a valorização das cotações do grão. O contrato maio/25 (ZSK25) subiu 1,53%, terminando a sessão regular de 06/03 a US$ 10,27/bu.