Milho

Ontem (05), os futuros do milho inverteram o lado o longo do pregão, fechando em campo positivo após uma abertura com preços mais fracos.

Foram três os principais fatores para as valorizações do milho em Chicago. O primeiro motivo se dá pela depreciação do dólar no mercado internacional, tornando mais competitivo o milho norte-americano aos compradores mundiais.

Segundo, a previsão de clima mais seco também amplia o risco para a safra americana, e colabora para o avanço das cotações.

E o terceiro fator fica para o relatório de acompanhamento das lavouras divulgado pelo USDA ontem, subindo as áreas ruins em 1 p.p. (passando de 9 para 10% das áreas nessa situação).

A proporção muito ruim foi mantida em 3%, enquanto as lavouras em boas e excelentes condições caíram de 58 para 57%.

Na sequência, o milho também mostrou fortalecimento na B3 (com a desvalorização do real impulsionando o movimento). E assim, o contrato para set/19 do milho na B3 avançou 2% ao longo do último pregão, passando de R$ 36,50 da abertura para fechamento em R$ 37,25/sc.

Boi gordo

As escalas de abate recuaram no início desta semana, caindo 9,57% em relação à semana anterior.

Essa é uma movimentação esperada, devido ao menor volume de negócios no início de cada semana.

São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Rondônia, são os estados com programações mais longas, com um intervalo médio de 7 dias úteis.

Por outro lado, o Pará e o Mato Grosso do Sul exibem sinais de menor disponibilidade de animais prontos, com as programações atendendo ao redor de 5 dias úteis, na média para os dois estados.

Mas apesar das programações mais alongadas, o balcão continua exibindo preços firmes. Nesta segunda-feira (05), a maioria dos negócios se registraram entre R$ 155,00 e R$ 158,00/@ (FOB e para descontar impostos).

Já na B3 os contratos para o boi gordo continuam fragilizados, com o contrato para out/19 perdendo o suporte em R$ 160,00/@.

Ontem (05), o fechamento ficou em R$ 159,40/@, o menor valor desde o início de junho deste ano, quando o mercado ainda sentia os impactos da notícia do caso atípico de BSE no Mato Grosso.

Soja

E se o pregão da véspera foi positivo para o cereal, os futuros da soja caíram em Chicago. As acomodações acontecem após a escalada da disputa sino-americana, mantendo os entraves para o escoamento do grão norte-americano.

Aliás, as perdas só não foram maiores pela perspectiva de clima seco na região produtora dos EUA.

Neste sentido, o relatório de acompanhamento de safra divulgado ontem (05) pelo USDA, manteve as condições das lavouras, onde 57% estão em condições boas ou excelentes, 33% em situação regular, e 13% das áreas estão ruins ou péssimas.

No mercado brasileiro, a valorização dos prêmios e do câmbio reajustaram para cima as indicações da soja.

Os prêmios para embarques neste mês pelo porto de Paranaguá estão em torno de US$ 0,55/bushel, alta de 22% após iniciar agosto em US$ 0,45/bushel.

Mas o destaque fica o fortalecimento do câmbio, subindo para R$ 3,97/US$. A valorização diária de 2,3% retornou o dólar aos maios patamares desde o final de maio deste ano.

O movimento de aversão ao risco foi global, após a China permitir que a sua moeda (yuan) escorregasse abaixo de 7 yuans por dólar. O movimento deixa o mercado financeiro em alerta, além de mostrar uma reação da China após anúncio de novas taxações pelos EUA.