Com vendedores retraídos, milho não encontra espaço para desvalorização
Os players que detêm milho para negociação imediata estão fazendo “jogo duro”, e com isso o cereal continua se valorizando em plena colheita no país.
Milho 
O fim da semana foi marcado pela calmaria no mercado do milho, as cotações do cereal em Campinas recuaram levemente, estabelecendo-se próximo dos R$ 49,50/sc. O foco das entregas continua no milho que foi comercializado antecipadamente, tendo como destino principal a exportação do cereal. Em Mato Grosso, a colheita do cereal já chegou ao patamar de 46%, acima da média dos últimos cinco anos.
Na B3, o vencimento julho/20 fechou mais um dia com valorização, desta vez de 1,1% no comparativo diário, ficando cotado à R$ 49,18/sc. Com 7 dias de negociações pela frente neste contrato, o patamar de R$ 49,00/sc aparenta estar estabelecido e sustentado pela força do mercado físico.
Boi gordo 
A última sexta-feira (03) foi marcada pela baixa liquidez no mercado spot de boi gordo, foram registradas poucas negociações, com pequenos lotes de animais, e o ambiente foi de estabilidade de preços. A pressão baixista gerada pela indústria se mantém, mas ainda sem força. Porém, algumas unidades diminuíram suas compras ou as suspenderam. A arroba do “Boi-China” orbita faixa dos R$ 220-225,00/@ e para o boi comum o deságio permanece entre R$10-15/@.
Já no mercado atacadista de carne bovina houve um fluxo maior de vendas, o que enxugou os estoques, que já eram baixos. O início do mês traz as expectativas de uma melhora no consumo interno, com a chegada dos salários e do auxílio emergencial. As indicações começam a receber pequenos reajustes positivos entre R$0,10-0,20/kg, com isso, já é possível ver cotações da carcaça casada bovina na casa dos R$ 14,20/kg.
Soja 
Com o mercado nos EUA fechado, devido ao feriado da independência norte-americana, a soja encerrou a semana mais calma, sem grandes variações estabelecendo-se próximo dos R$ 114,50/sc nos portos brasileiros.
O tom positivo que as cotações da soja nos EUA observaram nos últimos dias foi freado pela volta das chuvas no cinturão agrícola norte-americano a partir desta semana e também pela demanda ainda enfraquecida pela oleaginosa dos EUA. O relatório de condições de lavouras do USDA, que sairá hoje, não deverá reservar grandes surpresas, mantendo a expectativa de uma safra boa nos EUA.
Agrifatto