Milho

Após buscar a máxima na terça-feira (31/mar), o milho registrou queda pelo 3º dia consecutivo e fechou a semana cotado à R$ 58,49/sc no mercado físico. Ainda assim, os negócios continuam pontuais, visto que o volume disponível continua restrito e o mercado volta suas atenções para o desempenho da 2ª safra.

O cenário externo continua a preocupar, com a redução na demanda interna por combustíveis nos EUA, devido o decreto da quarentena. O contrato para mai/20 do milho em Chicago fechou em queda pelo 7º dia consecutivo e isso pode representar até mesmo o cereal norte-americano sendo encaminhado para solo brasileiro.

Boi gordo

A baixa quantidade de negociações no físico ocasionado pelo lento escoamento de carne bovina no mercado doméstico e retenção dos animais pelas condições da pastagem, mantêm as indústrias frigoríficas com escalas de abate encurtadas em todo o país.

Com receio de excedentes, muitas unidades continuam afastadas das compras, atendendo apenas pedidos realizados posteriormente ou optaram por férias coletivas.

Em São Paulo, as programações de abate encerraram a primeira semana de abril com 6 dias úteis, abaixo da média parcial anual, atualmente registrada em 6,50 dias úteis.

Neste cenário, no atacado paulista a carcaça casada bovina encerrou a semana em queda, sendo negociada na faixa de R$ 12,80 – 13,00/kg – acumulando queda aproxima de 4,44% na comparação semanal.

Soja

Com a normalização das atividades logística na Argentina e o fortalecimento do dólar frente ao real, a cotação da soja na CBOT segue sua trajetória de desvalorização, e registrou queda de -0,52% no comparativo com a quinta-feira, sendo cotada à US$ 8,54/bushel.

Com a expectativa de contração econômica brasileira em 2020, fortalecendo o valor do dólar frente ao real, a soja brasileira vai ganhando espaço competitivo frente a soja norte-americana e beneficiando as vendas da oleaginosa no Brasil.