➡ Reequilibrando forças
Quedas acima de 3% são contabilizadas nos primeiros dias de 2023 para os futuros de milho e soja em Chicago, com peso do cenário macroeconômico, indefinições sobre demanda e clima na América do Sul no radar.
Milho 🌽
A demanda doméstica ativa seu apetite, elevando a saca do milho em Campinas/SP para próxima da casa dos R$ 88,00/sc, maior patamar desde abr/22. Na bolsa brasileira, os futuros de milho ampliaram a sequência de recuos em 2023 e fecharam a quinta-feira (05) no vermelho, apoiados na desvalorização dos futuros em Chicago e do câmbio no Brasil. Neste sentido, o contrato futuro para março/23 (CCMH23) retrocedeu 1,27% e encerrou o pregão regular de quinta-feira (05) a R$ 91,71/sc.
Acumulando o terceiro pregão consecutivo de queda na semana em Chicago, os futuros de milho seguiram refletindo a menor demanda pelo cereal norte-americano, que vem perdendo competitividade para origens como Brasil e Ucrânia, além de reagir à incerteza do cenário macroeconômico global. O vencimento para março/23 (CH23) recuou -0,15% e fechou a sessão diurna de 5ª feira (05) cotado em US$ 6,53/bu.
Boi Gordo 🐂
Com a pressão baixista começando a surtir efeito, cinco das dezessete praças monitoradas passaram por ajustes negativos nas cotações no mercado físico do boi gordo, ES, GO, MA, PA e RJ. Na praça paulista, os preços ainda se mantêm e o boi comum continuou valendo R$ 270,00/@, e o “boi China”, R$ 290,00/@. Na B3, o contrato com vencimento para jan/23 fechou o dia em R$ 283,80/@, com uma desvalorização de 0,51%.
No atacado paulista, o mercado segue em ambiente instável e as distribuições são consideradas fracas, registrando baixo escoamento e casos de devolução. Dessa forma, todas as carcaças casadas apresentam sobreoferta e passam por ajustes negativos nos preços, o boi inteiro foi negociado a R$ 16,80/kg, uma queda de R$ 0,20/kg. Em contrapartida, o dianteiro confirmou a reação ao crescimento da demanda, e apresentou valorização de R$ 1,00/kg, sendo negociado a R$ 14,00/kg.
Soja 📊
Influenciada pela queda do dólar e dos futuros em Chicago, a soja passa a ser comercializada na faixa de R$ 182,50/sc no mercado físico de Paranaguá/PR.
Os futuros do grão de soja seguiram pressionados para baixo na CBOT, influenciados pelos indicadores negativos para o cenário macroeconômico e indefinições da demanda chinesa. Além disso, a safra brasileira exerce peso extra mesmo com cenário climático adverso na Argentina. O contrato ZSH23 (março/23) encerrou a sessão regular de quinta-feira a US$ 14,71/bu, queda diária de 0,86%.
Agrifatto