Milho
Ontem (04/jul), em virtude da Bolsa de Chicago ter permanecido fechada pelo feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, a movimentação de lotes no Brasil foi lenta.
O milho na bolsa norte-americana desempenha papel importante nos preços das exportações do cereal e, consequentemente, no mercado interno, servindo como balizador das cotações.
Na região de Dourados (MS), não houve registro de negócios na quinta-feira. Mas, no dia anterior, houveram negócios para exportação em R$ 30,00/sc, para retirada em julho e pagamento em agosto/19.
Na comercialização da antecipada da safra 2019/20, feito principalmente por tradings, as negociações ficaram sem referências e, portanto, travadas na quinta-feira.
O indicador Cepea do milho, ontem, ficou em R$ 37,83/sc, alta de 0,21% ante o fechamento anterior.
Na B3, os contratos futuros avançaram. Os vencimentos julho e setembro/19, subiram 0,98% e 1,33% e fecharam o dia negociados em R$ 37,97/sc e R$ 38,20/sc, respectivamente. Nesta manhã, os contratos seguem avançando, entre R$ 0,13 e 0,20/sc.
A chegada da uma frente fria, podendo trazer chuvas em algumas regiões, devem diminuir o ritmo das negociações, com produtores dando prioridade a colheita e ao embarque do milho colhido.
Boi gordo
Preços pecuários caminharam em diferentes sentidos ao longo desta semana, a depender da facilidade dos frigoríficos em comprar animais.
Em São Paulo, por exemplo, as programações de abate avançaram 39,7% desde a última sexta-feira (28) e as indicações de compra a prazo caíram 0,43% no mesmo período, para R$ 155,80/@.
Conforme as bonificações, como China e Europa, os negócios realizados chegam em R$ 160/@ em São Paulo. Para o boi “comum”, na mesma praça, as negociações ficam entre R$ 155 e R$ 158/@.
As pastagens, que já estavam prejudicadas, devem ter a sua deterioração acelerada pela frente fria que chegou em importantes praças pecuárias, como, por exemplo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Ontem (04/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 151,60/@, queda de 1,46% ante o fechamento anterior.
No mercado futuro, a quinta-feira foi de avanços. O vencimento julho/19 subiu 0,23% e fechou o dia em R$ 155,50/@. Já o contrato para outubro avançou 0,31% e encerrou o dia em R$ 162,20/@.
No atacado, a carcaça casada bovina segue estável nesta semana, cotada em R$ 10,51/kg.
Soja
Após a bolsa de Chicago (CBOT) não ter operado ontem (04) por conta do feriado norte-americano (Dia da Independência), o grão apresentou baixa liquidez no mercado físico brasileiro. O indicador Esalq (Paranaguá) fechou em R$ 80,36/sc, queda de 0,09% ante o fechamento anterior.
Em uma quinta-feira pouco movimentada, as negociações da safra 2019/20 ficaram estagnadas. Enquanto vendedores pediam entre R$ 85 a R$ 86,00/sc, para entrega em março/20 e pagamento em maio/20, compradores ofereciam entre R$ 80 e R$ 81,00/sc nas mesmas condições.
Já o dólar fechou em R$ 3,7993, sob um recuo de 0,67%, alcançando o menor valor desde o dia 20 de março, refletindo o cenário de avanços da Reforma da Previdência. O câmbio, durante está safra, vem desempenhando papel importante na flutuação de preços no mercado interno.
Além do dólar, outros fatores estão deixando os preços mais voláteis esse ano, como o clima norte-americano desafiador e a Guerra Comercial travada entre China e Estados Unidos, que aparenta estar evoluindo e mais próxima de uma solução, ao menos pontual e de curto prazo. Autoridades de ambos os países marcaram uma reunião para retomada das negociações, deixando o mercado atento a novidades.
Na Argentina, a colheita da safra 2018/19 foi concluída, e a expectativa é de uma produção de 56 milhões de toneladas, um avanço de 60% ante o ciclo anterior, quando uma seca atrapalhou o desenvolvimento da cultura.