Alívio momentâneo na CBOT não muda tendência
Os futuros de soja e milho terminaram a sexta-feira em território positivo tanto em Chicago quanto na B3, com o USDA anunciando vendas da oleaginosa norte-americana para a China na temporada 2024/25. Dados do mercado de trabalho dos EUA resultaram em um expressivo movimento de queda do dólar que encerra a semana acima dos R$5,70, sustentando preços de soja e milho no Brasil.
Milho 
O mercado físico do cereal encerra a semana com estabilidade em R$59,50/sc na praça paulista seguindo a paridade de exportação. Os futuros de milho finalizaram o último pregão da semana na B3 em território positivo, influenciados principalmente pelo avanço das cotações da commodity em Chicago. O contrato para setembro/24 (CCMU24) avançou 2,03% e encerrou o pregão regular de 02/08 cotado a R$ 61,83/sc.
Após a sequência de recuos diários, os futuros de milho registraram ganhos durante a última sexta-feira na CBOT, apresentando correções técnicas de alta e acompanhando o movimento positivo do trigo e da soja em Chicago. O contrato de milho para setembro/24 (CU24) variou +1,18% e terminou a sessão de 02/08 cotado a US$ 3,87/bu.
Boi gordo 
Em um cenário onde os frigoríficos tentam reverter o ‘’jogo’’, os pecuaristas se mantém sólidos e com isso os preços do boi gordo continuam firmes. Com destaque para o estado do Goiás, onde o boi registrou alta de 1,74% na semana e fechou a sexta-feira com valor médio de R$ 221,85/@. Na B3, os contratos passaram por oscilações mistas, o contrato em evidência foi o com vencimento em ago/24, que registrou queda de 0,32%, ficando precificado a R$ 236,45/@.
Ao longo da semana, os preços do boi gordo permaneceram em alta no mercado físico, apesar da intensa pressão dos frigoríficos para reduzi-los. A estabilidade nas escalas de abate é garantida pelo equilíbrio entre a oferta de animais terminados (com menos fêmeas abatidas) e a demanda firme das exportações/mercado doméstico. Com base nisso, estamos na quarta semana consecutiva de estabilidade na média nacional das escalas de abate, que se mantém em 9 dias úteis.
Soja 
Os preços da soja voltaram a registrar valorização no mercado doméstico com a alta de Chicago e dólar acima de R$5,70. Em Paranaguá/PR, a referência da oleaginosa encerrou a semana nos R$139,00/sc
Valorizações superiores a 1% chegaram a ser contabilizadas para os futuros do grão de soja ao longo da última sexta-feira em Chicago. Além do USDA anunciar a venda de 202 mil toneladas de soja dos EUA em 2024/25 para a China, a forte queda do Índice Dólar (DXY) e a valorização do farelo contribuíram para o movimento de alta do grão. O contrato futuro de soja para novembro/24 (ZSX24) valorizou 1,06% e finalizou a 6ª feira (02) cotado a US$ 10,27/bu.