Alto pra carpir, baixo pra roçar
Com escalas alongadas, cotações do boi gordo seguem pressionadas para baixo e poucos negócios são realizados.
Boi Gordo 
Um dia de poucas negociações no mercado do boi gordo, com os frigoríficos ainda operando com escalas confortáveis, em média 13 dias úteis. As cotações seguiram a tendência e amargaram queda negativo. No Mato Grosso, o boi gordo recuou 0,4% ficando cotado a R$ 206,90/@. Já em Goiás o recuo foi de 0,2% com o animal precificado em R$ 201,00/@. Na B3, os preços futuros do boi gordo também recuaram. O contrato para jun/24 recuou 0,95% e fechou o dia valendo R$ 223,55/@. Já o contrato de maior liquidez, o de out/24 fechou o dia perdendo 1,14% no pregão, ficando cotado a R$ 239,25/@.
Mesmo com o avançar da colheita da segunda safra de milho, a relação de troca boi gordo/milho caiu e fechou mão/24 a 3,85 sc/@, uma recuo de 0,37% em relação a abr/24. Já a relação boi gordo/farelo de soja piorou 13,9% em São Paulo. Em mai/24 o pecuarista gastou 9,25 arrobas para adquirir uma tonelada do farelo. Sendo essa a maior relação de troca de 2024.
Milho 
O mercado doméstico do milho mantém a sazonalidade negativa impactada pela safra em colheita, levando a referência de negócios em Campinas/SP a recuar para próxima de R$58,50/sc. Na B3, os futuros de milho ampliaram a sequência de quedas diárias ao longo da última terça-feira na B3, reagindo principalmente à desvalorização das cotações da commodity em Chicago, apesar do avanço da taxa de câmbio no Brasil. O contrato jul/24 (CCMN24) oscilou -0,58% e fechou o pregão regular de 04/06 a 57,05/sc.
Os futuros de milho finalizaram a terça-feira em território negativo na Bolsa de Chicago, refletindo o ritmo de plantio acima da média nos EUA e as boas condições das lavouras norte-americanas reportadas pelo USDA. O contrato jul/24 (CN24) recuou 0,23% e terminou a sessão diurna de 04/06 cotado em US$ 4,43/bu.
Soja 
Buscando equilíbrio nos movimentos opostos entre dólar e cotações CBOT, a saca de soja no mercado brasileiro registra movimentos curtos mistos no interior do país. A referência de negócios sinaliza estabilidade no patamar de R$136,50/sc.
Sem esboçar sinais de reação no curto prazo, os futuros do grão de soja acumularam a sexta sessão consecutiva de perdas na CBOT. Além da continuidade de queda dos derivados da oleaginosa e do petróleo WTI, a valorização do dólar frente ao real contribuiu para o movimento negativo observado. O futuro de soja para ju/24 (ZSN24) desvalorizou 0,46% e fechou a sessão regular de terça-feira (04) cotado em US$ 11,79/bu.