Abate de bovinos em Mato Grosso continua a cair em 2020
Os números de animais abatidos demonstraram uma retomada após o ajuste produtivo feito em abril/20, no entanto, na comparação com 2019 a diminuição ainda continua.
Milho 
O mercado físico do milho brasileiro segue pressionado pela chegada de cereal no mercado interno, desde o início da semana o cereal já se desvalorizou mais de 3% e deve caminhar em queda nas próximas semanas. Na B3, o mercado virou para o campo positivo, com a valorização do dólar e do cereal na CBOT, fechando a quinta-feira cotado à R$ 44,19/sc no vencimento de julho/20.
Em Chicago, todos os contratos fecharam o dia com valorização, um dólar perdendo força frente a outras moedas e a cobertura de posição vendida por parte dos fundos deram sustentação a cotação do milho, no entanto, os padrões climáticos vão confirmando uma safra em boas condições nos EUA, o que deve frear qualquer valorização no curto prazo.
Boi gordo 
Ontem (04/jun), o Indea-MT (Instituto de Defesa Agropecuária do Mato Grosso) divulgou os dados referentes aos abates de bovinos durante o mês de maio, com volume de 436,18 mil, demonstrando um avanço de 27% ante abril/20. A alta está diretamente relacionada ao retorno das férias coletivas de algumas plantas frigoríficas na região após os avanços do coranavírus no Brasil, o ajuste produtivo está tomando forma no país.
Mesmo com a retomada da produção nessas unidades, os abates ainda estão 10% menores no total acumulado de 2020 ante o mesmo período do ano anterior. A redução da participação de fêmeas nos abates tem puxado essa conta para baixo, e tem se intensificado durante a pandemia de Covid-19, comparativamente já houve uma redução de 17% até o 5° mês deste ano.
Soja 
Dia de estabilidade para a soja brasileira, com o dólar variando apenas 0,39% para cima, o preço da oleaginosa nos portos se manteve estável próximo dos R$ 106,00/sc. Apesar de uma redução já aguardada nos embarques para fora do país, as exportações brasileiras devem continuar sustentadas até setembro/20, já que o imbróglio EUA-China parece longe de um fim.
As vendas externas norte-americanas seguiram dentro das expectativas nesta última semana, foram 1,1 milhão de toneladas negociadas, sendo que a China adquiriu cerca de 465 mil toneladas. Com esse fortalecimento das vendas e a comunicação de novas vendas nos últimos três dias tem animado o mercado, fazendo com que o vencimento para julho/20 experimentasse uma alta de 1,20% nesta quinta-feira, ficando cotado à US$ 8,67/bu, o maior valor desde o dia 09/04/2020.
Agrifatto